Cavalinha: saiba para que serve a planta

Cavalinha - Equisetum arvense

Conheça os benefícios, efeitos colaterais, indicações, propriedades medicinais e usos tradicionais do chá e do extrato de cavalinha (Equisetum arvense).

ATUALIZADO EM Atualizado em 20/09/2022

A cavalinha (Equisetum arvense) é uma planta medicinal também conhecida como rabo-de-cavalo, cola-de-cavalo, milho-de-cobra, cauda-de-raposa, cana-de-jacaré, erva-canudo, lixa-vegetal, dentre outros nomes populares. A cavalinha é eficaz no tratamento e prevenção de diversas patologias, incluindo anemia, ansiedade, arteriosclerose, cálculos renais, enurese, estresse, estrias, excesso de ácido úrico (gota), flacidez da pele e músculos, pedra na vesícula e rins, pressão alta e reumatismo. Também é altamente eficiente no tratamento de disfunções renais, disfunções das vias urinárias e até mesmo transtornos que atingem a próstata.

Para que serve a cavalinha?

A cavalinha possui elementos que a tornam eficiente no processo de perda de peso, visto que possui ação diurética e é rica em antioxidantes que aceleram o metabolismo, fazendo com que o corpo queime mais gorduras e reduza os nódulos de gordura que se acumulam em diversas partes do corpo. O extrato de cavalinha é rico em nutrientes como cálcio, ferro, magnésio e silício.

A cavalinha é rica em minerais que podem ajudar na recuperação de cortes e fraturas na cartilagem, ossos e pele, além de melhorar o tempo de coagulação do sangue. O alto teor de sílica em sua composição fortalece os tecidos conjuntivos do corpo e beneficia pacientes com artrite reumatoide. Em algumas formas de tuberculose, ajuda a isolar os focos da doença nos pulmões. Ensaios clínicos demonstraram que o ácido silícico solúvel promove a formação de leucócitos, estimulando as defesas do próprio organismo e auxiliando no processo de cura natural. A planta também é benéfica contra problemas brônquicos, gota e reumatismo.

Benefícios da cavalinha

  • Acelera o processo de cicatrização;
  • Combate a acne e a celulite;
  • Controla a fluxo menstrual abundante;
  • Diminui a ansiedade, estresse e irritabilidade;
  • Eficaz no processo de emagrecimento e queima de gordura;
  • Eficaz no tratamento de inflamações da próstata;
  • Fortalece os ossos, pois possui alto teor de silício;
  • Fortalece pele e unhas;
  • Possui ação coagulante, evitando sangramentos;
  • Potente diurético que reduz o inchaço causado pela retenção de líquidos;
  • Reduz sintomas do reumatismo e osteoporose;
  • Rica em cálcio, fortalece o tecido ósseo;
  • Trata a gonorreia e diarreia.

FIGAPRO

Figapro é o suplemento alimentar mais utilizado no Brasil para auxiliar a eliminar gordura do fígado e melhorar o funcionamento do sistema digestivo.

Chá de cavalinha

Chá de cavalinha

Chá de cavalinha

O chá de cavalinha pode ser consumido para melhorar condições de insuficiência renal crônica, com a finalidade de aliviar as dores e desconfortos causados por essa doença que pode originar várias consequências ruins. Além disso, pode ser utilizada no tratamento de hemorragias. A Equisetum arvense é  eficaz no processo de regularização do ciclo menstrual, vez que evita o sangramento excessivo durante tal período. Suas propriedades diuréticas diminuem os edemas causados por retenção de líquidos e consequentemente melhora a aparência da pele e das celulites.

Além do chá, a cavalinha pode ser consumido em forma de alimento (broto). Quando a cavalinha ainda é um planta jovem, a parte exterior pode ser descascada e a polpa interna consumida. Na culinária, pode ser fervida e consumida como aspargos. As raízes são tuberosas e podem ser comidas cruas no começo da primavera ou fervidas como um legume no decorrer do ano.

Usos tradicionais

Na medicina popular, a cavalinha é utilizada cataplasma para o tratamento de feridas. Ducha para leucorreia. Colírio para conjuntivite. Lavagem para fortalecer os cabelos e líquido para limpeza bucal para gengivite. O chá de cavalinha pode ser preparado e borrifado em ervas de jardim e prevenir o ataque de fungos.

Composição

A Equisetum arvense é composta de alcaloides (equisetonina, nicotina, palustre, palustrina), cálcio, enxofre, fitosteróis, flavonoides, magnésio, manganês, enxofre, princípio amargo, sílica e tanino.

Contraindicações e efeitos colaterais da cavalinha

Grandes quantidades da erva cavalinha podem ser ligeiramente tóxicas devido à presença do alcaloide equisetina. Consumida durante um longo período de tempo, pode causar deficiência em vitamina B1, vez que a planta possuí uma enzima que destrói essa vitamina, contudo, alguns métodos de cozimento podem anular a ação de tal enzima. Também é rica em selênio, o que faz com que ela seja recomendada para ser colhida durante a primavera, onde os níveis do mineral não estão tão altos. O uso prolongado também pode causar irritação nos rins.

História e curiosidades

O nome em latim, Equisetum arvense, significa “rabo de cavalo dos campos”. Durante o período em que a Terra concentrava maiores taxas de carbono, a cavalinha era uma erva dominante que chegava a atingir mais de 12 metros de altura. Seu método de reprodução se dá por meio de esporos ao invés de utilizar o método da polinização.

A cavalinha é uma planta perene, que tem cor verde escura oca e geralmente pode ser encontrada em áreas úmidas e tem uma grande quantidade de cristais de silício (ou areia) em seu tecido. A Equisetum arvense faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. A Equisetum arvense faz parte da família Equisetaceae.

Referências:
Oh, Hyuncheol, et al. “Hepatoprotective and free radical scavenging activities of phenolic petrosins and flavonoids isolated from Equisetum arvense.” Journal of Ethnopharmacology 95.2-3 (2004): 421-424.
Radulović, Niko, Gordana Stojanović, and Radosav Palić. “Composition and antimicrobial activity of Equisetum arvense L. essential oil.” Phytotherapy Research: An International Journal Devoted to Pharmacological and Toxicological Evaluation of Natural Product Derivatives 20.1 (2006): 85-88.