Hissopo: saiba para que serve o chá

Hissopo - Hyssopus officinalis

Conheça os benefícios, efeitos, indicações e propriedades do hissopo (Hyssopus officinalis), planta também conhecida como erva-sagrada e hissopo-das-farmácias.

ATUALIZADO EM Atualizado em 18/09/2022

O hissopo (Hyssopus officinalis) é uma planta medicinal também conhecida como erva-sagrada, erva-santa, hissopo-das-farmácias, sambacaitá, hisopo (espanhol), issopo (italiano), hyssop (inglês), dentre outros nomes populares. O uso medicinal do hissopo é difundido há mais de 2000 anos e a planta é muito citada em escrituras antigas, inclusive na Bíblia. As flores são apreciadas por abelhas e borboletas.

Benefícios e propriedades medicinais do hissopo

As primeiras aplicações medicinais do hissopo na Antiguidade foram como inseticida, pediculicida (combate a infestação de piolhos) e repelente. É rico em propriedades antiespasmódicas e muito utilizado no tratamento de afecções que atingem os brônquios, incluindo asma e bronquite. Além disso, o hissopo é um ótimo expectorante indicado para casos onde ocorre excesso de catarro, incluindo gripes, resfriados e sinusites. Hipócrates, médico grego considerado o “pai da medicina”, tem atribuído o uso da erva em suas práticas medicinais. A planta é utilizada como uma erva de cheiro para evitar a expansão de infecções.

O Hyssopus officinalis também é usado no tratamento de contusões, deslocamentos, dores de garganta, dores estomacais e musculares, feridas, herpes, infecções respiratórias e urinárias, inflamações nos rins e na vesícula, picadas de inseto, reumatismo e tosses. O gargarejo é usado para dor de garganta. Em forma de cataplasma ou compressas para contusões, deslocamentos, feridas, herpes e picadas de inseto. Usado em banhos para reumatismo. A pomada esfregada no tórax auxilia em casos de congestão. O óleo essencial é usado para aumentar agilidade mental e aliviar a ansiedade e esgotamento mental. Diluído, pode tratar cicatrizes e lesões de herpes.

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Como preparar o hissopo?

Chá de hissopo

Praticamente toda a erva pode ser aproveitada para fins medicinais. Do hissopo, podem ser utilizadas as cascas, folhas, frutos e rizomas, que por sua vez podem ser preparadas em forma de banhos, cataplasma, chás, infusões e tinturas. O hissopo é composto de flavonoides, glicosídeo (diosmina), lactonas de princípio amargo (ácido ursólico, marrubina), óleo essencial (canfeno, cânfora, pineno, terpineno) e taninos.

Chá

O chá de hissopo pode ser preparado com o uso de duas colheres da planta seca e 250 ml de água. Após frio deve ser tomada uma colher de sopa do chá de hora em hora até que o mesmo acabe.

Culinária

Na culinária, os brotos jovens, folhas e folhas podem ser adicionadas em saladas e sopas. Uma das grandes vantagens no consumo é que o vegetal auxilia na digestão de carnes gordurosas.

Licor de Chartreuse

O hissopo está presente na fórmula oficial do Chartreuse, licor francês feito pelos Monges da Ordem dos Cartuxos (também conhecido como Ordem de São Bruno). O licor é produzido desde 1737 de acordo com as instruções apresentadas em um manuscrito dado por François Annibal d’Estrées, em 1605. É composto de álcool destilado com 130 ervas, flores e plantas.

Óleo essencial

O óleo essencial também possui propriedades antissépticas e é muito usado por perfumistas, devido ao seu delicioso odor característico. As plantas com flores azuis são as que rendem uma maior concentração de óleo essencial, cerca de 1,5%.

Xarope

O xarope de hissopo é um ótimo expectorante. Para prepará-lo, basta usar 100 gramas de folhas e flores de hissopo, 50 gramas de flores de lavanda, 1 quilo e meio de açúcar e 1 litro de água. Inicialmente, é preciso deixar macerar as ervas com água. Após isso, filtrar a mistura e acrescentar todo o açúcar e deixar em fogo baixo até alcançar a consistência de xarope. O xarope deve ser conservado em embalagens bem fechadas para que não suas propriedades não se percam. Após finalizado, devem ser consumidas cinco colheres de sopa do xarope por dia.

Contraindicações e efeitos colaterais do hissopo

O uso é contraindicado por gestantes e mulheres em período de lactação, vez que as propriedades abortivas e emenagogas que podem ser prejudiciais à gravidez. O óleo essencial também não é indicado para pacientes epilépticos, vez que pode pode agravar os quadros de epilepsia. Pessoas hipertensas devem evitar o uso.

História e curiosidades

O nome popular é derivado do grego “azob” e do hebreu “ezob“, que significam “erva-santa”, vez que era usada para purificar locais de adoração.  Trata-se de um pequeno arbusto que atinge no máximo 40 centímetros de altura. Possui folhas opostas e flores que podem ser nas cores violeta, azul ou branca. Cresce em solos calcários, secos e até mesmo no meio de pedras. É nativa da Europa Meridional, Oriente Médio e arredores do Mar Mediterrâneo. Por volta do século XVII algumas sementes suas foram levadas para a América do Norte, onde se propagou rapidamente. A espécie Hyssopus officinalis faz parte da família Lamiaceae.

Referências:
Fathiazad, Fatemeh, and Sanaz Hamedeyazdan. “A review on Hyssopus officinalis L.: Composition and biological activities.” (2011): 1959-1966.
Vlase, Laurian, et al. “Evaluation of antioxidant and antimicrobial activities and phenolic profile for Hyssopus officinalis, Ocimum basilicum and Teucrium chamaedrys.” Molecules 19.5 (2014): 5490-5507.
KIZIL, Süleyman, et al. “Chemical composition, antimicrobial and antioxidant activities of hyssop (Hyssopus officinalis L.) essential oil.” Notulae Botanicae Horti Agrobotanici Cluj-Napoca 38.3 (2010): 99.