Pygeum africanum: saiba para que serve

Pygeum africanum

Conheça os benefícios, efeitos e propriedades do Pygeum africanum, planta medicinal usada em pacientes com HPB, impotência sexual e câncer de próstata.

ATUALIZADO EM Atualizado em 20/09/2022

O Pygeum (Pygeum africanum) é uma planta medicinal também conhecida como cereja-africana, dentre outros nomes populares. Inclui o sinônimo botânico Prunus africana. Como tônico masculino, a Pygeum africanum aumenta as secreções prostáticas e melhora a qualidade do sêmen. Também pode aumentar a capacidade de ereção e ajuda a combater a infertilidade masculina. O extrato do Pygeum africano também demonstrou resultados positivos em estudos in vitro para utilização contra o câncer de próstata.

Benefícios do Pygeum africanum

O uso medicinal da Pygeum africanum é conhecido desde o século XVIII, quando as tribos africanas ensinaram aos primeiros exploradores europeus sobre a utilização da casca da planta para tratar desconforto na bexiga. O extrato é usado na Europa para tratar a hiperplasia prostática benigna (HBP) desde 1960. A HBP se caracteriza pelo aumento benigno da próstata não canceroso que restringe o fluxo de urina da bexiga. A casca contém vários componentes, incluindo beta sitosterois, que exibem ação anti-inflamatória através da inibição da produção de prostaglandinas na próstata.

Outros componentes do incluem ácido ferúlico e ésteres, que reduzem os níveis de prolactina (um hormônio que promove a captação de testosterona na próstata), e triterpenos pentacíclicos, que inibem uma enzima envolvida na inflamação e ajudam a reduzir o edema. Os cientistas acreditam que esses fitoquímicos trabalham juntos para ajudar a combater as alterações estruturais e bioquímicas associadas com a hiperplasia prostática benigna. A Pygeum africanum também estimula as secreções glandulares, abaixa os níveis de colesterol e reduz o inchaço e a inflamação, além de inibir as prostaglandinas que contribuem para a congestão vascular. Possui também em sua composição beta-sitosterol, triterpenos (ácido ursólico e ácido oleanólico) e taninos.

Pygeum africanum para impotência sexual e saúde do homem

Em um estudo publicado na edição do Archivio di Italiano Urologia, Nefrologia, Andrologia em setembro de 1991, 18 pacientes com condições de saúde incluindo disfunção erétil e ejaculação dolorosa (em função de hiperplasia prostática ou prostatite crônica) receberam extrato de pygeum diariamente durante 60 dias. Os pesquisadores relataram uma melhoria da condição sexual dos pacientes durante o tratamento. Segundo a Universidade de Maryland Medical Center, a hiperplasia benigna da próstata se condição relativamente comum em homens acima de 60 anos.

A hiperplasia prostática benigna é um aumento não canceroso da próstata que pode causar micção frequente, vontade súbita de urinar, dificuldade em urinar e esvaziamento incompleto da bexiga. Também pode levar a infecções da bexiga e problemas renais. O National Institutes of Health (NIH), uma agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos e também considerado um dos centros de pesquisa médica mais importante do mundo, concedeu a casca da Pygeum africanum nota “A” para o tratamento de sintomas de hiperplasia prostática benigna, embora o pygeum não diminua o tamanho da glândula da próstata.

Contraindicações e efeitos colaterais do Pygeum africanum

A planta e seus compostos só devem ser utilizados com recomendação de um profissional da saúde competente. Pode causar desconforto gastrointestinal como um possível efeito colateral.

História e curiosidades

O nome pygeum foi designado pelo botânico Gustav Mann durante sua exploração europeia na África, de onde a planta é nativa. Sua madeira é dura, sendo usada para fazer pisos, mobiliário, vagões de trem, cabos de machados e enxadas, além de ter uso medicinal. A alta procura tornou a planta ameaçada de extinção em seu habitat natural. A Pygeum africanum faz parte da família Rosaceae.

Referências:
University of Maryland Medical Center: Benign Prostatic Hyperplasia
Wilt, T., et al. “P. africanum for benign prostatic hyperplasia.” Cochrane database of systematic reviews 1 (1998).
Pygeu.m. Memorial Sloan Kettering Cancer Center.
Carani, C., et al. “[Urological and sexual evaluation of treatment of benign prostatic disease using Pygeu.m africanum at high doses].” Archivio italiano di urologia, nefrologia, andrologia: organo ufficiale dell’Associazione per la ricerca in urologia= Urological, nephrological, and andrological sciences 63.3 (1991): 341-345.