A angélica (Angelica archangelica), é uma planta medicinal também conhecida como angelica-de-jardim, aipo-selvagem, arcanjo, raiz-do-Espírito-Santo, dentre outros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Angelica atropurpurea e A. officinalis. Curiosamente, a angélica costuma florescer por volta do dia 8 de maio, o dia do banquete de São Miguel Arcanjo. Outra razão para o nome popular remete à histórias que contam que o Arcanjo Raphael em um dos sonhos vislumbrou a figura de um monge que lhe disse que a angélica ajudaria a combater a peste bubônica.
As propriedades medicinais são encontradas nas raízes, folhas, talo e sementes. As sementes são usadas para indigestões ácidas, náuseas e vômitos. A angélica fortalece o coração e os pulmões, além de melhorar o funcionamento do fígado e as funções do baço. Quantidades pequenas estimulam secreções digestivas. Algumas pessoas acreditam que ela reduz a vontade de ingerir bebidas alcoólicas. A raiz seca mastigada possui propriedades antivirais e antibacterianas. Alivia problemas de circulação periférica e reduz a pressão arterial elevada, agindo para estabilizar os vasos sanguíneos.
Estudos preliminares realizados na China sugeriram que a erva aumenta a contagem de células vermelhas no sangue, o que significa que ela pode ser útil tratamento de anemias. Os pesquisadores também relataram que a planta aumenta a capacidade de coagulação do sangue. Pesquisadores alemães descobriram que a angélica relaxa a traqueia, sugerindo que possui alguma validade no tratamento natural de resfriados, gripes, bronquite e asma. A pesquisa adicional também validou a sua utilização em problemas digestivos. Pesquisadores japoneses relataram efeitos anti-inflamatórios, confirmando o uso para tratar problemas de artrite.
Durante a Idade Média, a angélica foi combinada com outras ervas para produzir a água carmelita, usada como tônico herbal e água de colônia para curar dores de cabeça, promover o relaxamento corporal, longevidade, proteger contra venenos e magias das bruxas. A água carmelita é um extrato alcoólico formulado pelas freiras carmelitas da abadia de St. Just e foi comercializada sob o nome de Eau de Carmes.
Em alguns países da Escandinávia, os talos são cozidos como legume. Os talos são confeitados em forma de geleia e usados em bolos de frutas. Também é utilizada para temperar peixes e as folhas são acrescentadas a saladas e sopas. As folhas secas são colocadas em alimentos assados e embrulhadas no alimento, ajudando a conservá-lo durante viagens.
A angélica é semelhante à várias espécies venenosas e, por isso, deve ser consumido apenas quando houver certeza absoluta de sua identificação. Doses grandes podem alterar a pressão sanguínea e respiração, além de provocar mudanças no sistema nervoso. Diabéticos devem evitar a erva, vez que a mesma possui altas concentrações de açúcar. Não deve ser consumida durante a gravidez e períodos de menstruação.
A Angelica archangelica cresce selvagem na Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca, Groenlândia, Ilhas Faroe e Islândia, principalmente no norte destes países. É também cultivada na França, sobretudo em Marais Poitevin, uma região de sapal (área periodicamente alagada por água salgada), além de determinadas regiões da Alemanha e da Romênia. Acredita-se que a angélica possui esse nome devido ao fato dela proteger pessoas de várias doenças, incluindo envenenamentos pragas. A Angelica archangelica faz parte da família Apiaceae.
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