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Arruda: veja para que serve na homeopatia

A arruda (Ruta graveolens) é uma planta medicinal também conhecida como arruda-comum, arruda-do-jardim, arruda-doméstica, aruta, aruda, ruda, ruta, erva-da-graça e common rue (inglês). Na culinária, pequenas quantidades de arruda são acrescentadas a queijos, peixes, saladas e outras comida. A arruda é ingrediente da tradicional bebida italiana Candolini Grappa Ruta e de outras bebidas alcoólicas.

Benefícios da arruda

O óleo essencial de arruda é um remédio homeopático usado há muitos séculos e aplicado na forma de compressão em feridas, contusões, esgotamento físico, varizes, hemorroidas, fortalecimento das veias capilares, pés, tornozelos e cotovelos doloridos e para a rigidez dolorosa nos pulsos e mãos. Também pode beneficiar a pele e melhorar a condição de varizes, fissuras anais, tromboses e hemorroidas internas e externas. Em função da rutina presente em sua composição, foi usada topicamente para fortalecer vasos capilares fracos.

Na medicina popular, compressas são aplicadas em feridas. O óleo essencial era aplicado em infecções no ouvido e atualmente é utilizado em algumas fragrâncias. O creme ou óleo de massagem alivia dores de reumatismo. Em forma de unguento para dores nas costas, espasmos musculares e gota. As folhas frescas são aplicadas na cabeça como um remédio para dores de cabeça.

Chá de arruda

O chá de arruda não deve ser consumido internamente, mas pode ser diluído e utilizado com cuidado sobre a pele (utilização tópica). A arruda já foi utilizada por pintores em mínimas quantidades para proteger a visão e como colírio para olhos cansados (é dito que a erva foi usada por Michelangelo e Leonardo da Vinci para melhorar a visão interna e exterior).

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Composição

A Ruta graveolens é composta de alcaloides (arborina, fagarina, graveolina), colina, ferro, flflavonoides (rutina, quercetina), hipericina, furanocoumarinas (bergapteno, psoraleno), óleo essencial (limoneno, pineno, ácido anísico, fenol),  pectina e taninos.

Contraindicações e efeitos colaterais da arruda

Alguns herbalistas consideram os tratamentos com arruda desnecessários devido à sua toxicidade conhecida. Várias pesquisas atuais tentam isolar e descobrir propriedades medicinais de algumas substâncias benéficas presentes na erva. A arruda só é utilizada em pequenas doses e de forma tópica (aplicação externa e diluída sobre a pele, em doses homeopáticas). Doses grandes podem causar fotossensibilidade. Não deve ser usada durante a gravidez, vez que doses elevadas agem como um abortivo que pode ser tóxico ou até mesmo fatal à mãe. Também é vetado o uso durante a fase de lactação. O uso interno, mesmo em doses homeopáticas, não deve ser feito por crianças, idosos ou por pacientes com doenças cardíacas ou renais. A seiva do talo pode causar dermatite. Medicamentos para reduzir a pressão arterial podem ter seus efeitos potencializados.

História e curiosidades

A arruda é uma erva ornamental arbustiva com ramos lenhosos duros, pequenos e de cores suavemente verde-azuladas, com flores muito pequenas de cor amarelo-esverdeado. O nome de gênero, Ruta, é derivado do grego reuo, que significa “deixar livre”, vez que havia a esperança de que a planta fizesse com que a pessoa se livrasse de doenças. Graveolens significa “cheiro pesado”. Ramos são usados para borrifar água benta em missas, o que consequentemente gerou o apelido erva-da-graça.

Durante a Idade Média, a arruda foi usada para gerar proteção contra o mal e para prevenir a Peste Negra. Também foi usada em um conhecido antídoto grego que tratava gama extensiva de venenos. A espécie Ruta graveolens faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. A arruda faz parte da família Rutaceae.

Referências:
RAGHAV, S. K. et al. Anti-inflammatory effect of Ruta graveolens L. in murine macrophage cells. Journal of Ethnopharmacology, v. 104, n. 1-2, p. 234-239, 2006.
WOLTERS, B.; EILERT, U. Antimicrobial substances in callus cultures of Ruta graveolens. Planta medica, v. 43, n. 10, p. 166-174, 1981.
STECK, Warren et al. Coumarins and alkaloids from cell cultures of Ruta graveolens. Phytochemistry, v. 10, n. 1, p. 191-194, 1971.
Medicina Natural

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