Marapuama: saiba para que serve a erva

Marapuama - Ptychopetalum olacoides

Conheça os benefícios, efeitos colaterais, indicações e propriedades medicinais da marapuama (Ptychopetalum olacoides), planta afrodisíaca nativa da Amazônia.

ATUALIZADO EM Atualizado em 22/09/2022

A marapuama (Ptychopetalum olacoides) é uma planta medicinal também chamada de muira-puama, muirapuama, miura-puama, puama, muira, muria-puama, muara-puama, madeira-potente e “viagra-da-Amazônia”. A marapuama é uma planta nativa da Floresta Amazônica brasileira, sendo utilizada como um poderoso estimulante sexual na medicina popular em vários preparos medicinais.

Benefícios da marapuama

A marapuama, é um conhecido remédio natural indicado para o tratamento da ejaculação precoce, fadiga, falta de libido, frigidez, impotência sexual (disfunção erétil) e infertilidade masculina. Em algumas regiões do Brasil, o chá de marapuama fresco é aplicado diretamente nos órgãos genitais para agir como um afrodisíaco natural.

O chá também é feito em forma de infusão, no entanto, a forma mais efetiva de extrair todos os princípios ativos da planta é por meio de fermentação. A planta também pode ser útil para ansiedade, diarreia, disenteria, dismenorreia, dor de garganta, neuralgia, neurastenia, reumatismo, dentre outros. A erva também é utilizada para alivio de stress e estimulação do sistema nervoso central. Nos casos de dores de garganta, é feito gargarejo. A marapuama é constituída de alcaloides (muirapuamina), éster e fitosteróis.

Estimulante natural

A marapuama tem seu uso difundido no mundo inteiro como afrodisíaco masculino. Começou a ser utilizada na Europa no início da década de 1930, mas seu uso se popularizou mundialmente com o sucesso de fórmulas que potencializam o sildenafila (viagra) e também em preparos mistos de ervas medicinais que atuam como viagras naturais. Um estudo realizado pela Escola de Medicina da UCLA mostrou uma melhoria substancial na função erétil e desejo sexual. Apesar de não ser comprovado ainda, alguns cientistas apontam que a marapuama pode aumentar naturalmente os níveis de testosterona no corpo.

Os efeitos a curto prazo da marapuama incluem o aumento do fluxo sanguíneo para a área pélvica, auxiliando nas ereções em homens e na sensibilidade e orgasmo nas mulheres. O uso a longo prazo aumenta a produção de hormônios sexuais em ambos os sexos. Também ajuda a melhorar os aspectos psicológicos e físicos da libido e função sexual. Ajuda a aliviar cólicas menstruais e TPM. Os efeitos da erva ainda não são totalmente comprovados cientificamente, apesar do longa história de uso tradicional com vários casos de efetividade da planta no mundo inteiro.

Remédio natural para impotência

Uma pesquisa de campo realizada na França contou com a participação de 262 homens com disfunções sexuais. Cerca de 62% dos homens com falta de libido melhoraram os níveis de libido com a administração de marapuama; 51% dos homens com disfunção erétil sentiram melhorias significativas com o uso do extrato. A conclusão que os cientistas chegaram foi que a marapuama pode aumentar a libido sexual em até 85% e melhorar a capacidade de manter a ereção em 90%.

Contraindicações e efeitos colaterais da marapuama

A marapuama é contraindicada em grandes dosagens e durante a gravidez. O uso da erva fermentada requer precauções.

História e curiosidades

Na medicina popular brasileira, a marapuama é comumente utilizada em receitas medicinais com outras ervas tônicas e afrodisíacas, como a catuaba, o guaraná e o gengibre. A Ptychopetalum olacoides faz parte da família Olacaceae.

Referências:
Dr. Jacques Waynberg. UCLA School of Medicine.
Waynberg, J. “Yohimbine vs. muira puama in the treatment of sexual dysfunction.” Am J Nat Med 1 (1994): 8-9.
Arginine and Select Phytonutrients Enhance Libido. Nutrition Review.
Siqueira, I. R., et al. “Psychopharmacological properties of Ptychopetalum olacoides bentham (Olacaceae).” Pharmaceutical Biology 36.5 (1998): 327-334.
da Silva, Adriana L., et al. “Memory retrieval improvement by Ptychopetalum olacoides in young and aging mice.” Journal of ethnopharmacology 95.2-3 (2004): 199-203.
Siqueira, I. R., et al. “Antioxidant activities of Ptychopetalum olacoides (“muirapuama”) in mice brain.” Phytomedicine 14.11 (2007): 763-769.