A rainha-do-prado (Filipendula ulmaria) é uma planta medicinal também conhecida como barba-de-bode, erva-das-abelhas, filipêndula, grinalda-de-noiva, olmeira, orgulho-de-prado, rainha-do-prado, ulmária, ulmeira, ulmeria, ulmaire (francês), meadowsweet (inglês), ulmaria (espanhol). Em 1597, o botânico John Gerard observou e sentiu o cheiro dos prados da região e reportou sobre a filipêndula. Em 1652, o medico inglês Nicholas Culpeper escreveu sobre seus efeitos terapêuticos para tratamentos estomacais.
A rainha-do-prado é utilizada para tratamentos de problemas respiratórios, indigestão nervosa, resfriados, úlceras, artrites, reumatismo, diarreia e doenças de pele. Age como anti-inflamatório, antisséptico, diurético, hemostático e tônico. Suas raízes frescas são muito usadas em quantidades pequenas para preparações homeopáticas para tratar várias doenças. O chá é um remédio natural muito eficaz para o tratamento das diarreias, sendo que sua maior evidência científica atual é justamente sua eficácia do trato da diarreia em crianças.
Além disso, sua eficiência nos cuidados e tratamentos estomacais são comprovados, sendo a filipêndula útil para auxiliar o tratamento de gastrites, hiperacidez, azias, úlceras nervosas, má digestão, refluxo, dentre outras. O chá é muito eficaz contra os agentes patogênicos que causam a difteria (infecção do nariz ou garganta). O uso da erva é um tratamento natural e não invasivo utilizado frequentemente para as infecções no sangue. Outras doenças tratadas incluem a amebíase, uma infecção parasitária do cólon, a disenterias bacilares (intestino), e no trato das pneumonias.
Uma forte extração preparada a partir de sua raiz cozida em água é usada para se livrar de grandes feridas, machucados e vários tipos de úlceras de pele. A planta medicinal é usada para o tratamento natural de dores e febres. Quantidades pequenas de suas raízes podem ser utilizadas para aliviar dores de cabeça e suas propriedades são semelhantes à dos efeitos da aspirina (seu ácido salicílico foi sintetizado pela primeira vez em 1835). A rainha-do-prado foi uma das ervas mais utilizadas antigamente para os preparativos médicos, por meio da extração das propriedades de seus galhos e folhas.
As doses recomendadas da flor da rainha-do-prado são de 2,5 a 3,5 gramas ao dia, da erva de 4 a 5 gramas ao dia. Porém a dosagem não é fixa, por esse motivo sua segurança e eficácia precisam ser estabelecidas por acompanhamento profissional. O chá de rainha-do-prado pode ser preparado de 4 a 6 gramas de erva seca e pode ser tomado 3 vezes ao dia.
Em alguns casos indivíduos reportaram apertos na área dos pulmões, conhecidos como broncoespasmos. Pode piorar condições asmáticas. Pessoas alérgicas aos medicamentos semelhantes as aspirinas ou pacientes asmáticos não devem ingerir o chá e preparações homeopáticas. Em doses elevadas, pode causar úlceras gástricas. O uso durante a lactação na gravidez precisa ser evitado.
As suas flores foram usadas para dar sabor as bebidas alcoólicas na grande Inglaterra e países escandinavos. Na Idade Média, foi usada na gustação do hidromel, bebida alcoólica feita pela fermentação do mel e suco de frutas. A Filipendula ulmaria faz parte da família Rosaceae.
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