A alfafa (Medicago sativa) é uma planta medicinal também conhecida como lucerna. Onde a alfafa cresce selvagem e abundante, é um indicador que a terra em questão é bastante rica em minerais. Muitos fazendeiros plantam alfafa em suas propriedades rurais de forma à enriquecer a terra, que passa a dispor de grande fixação de nitrogênio. Quando as vacas são alimentadas à base de alfafa, a produção de leite costuma aumentar.
A alfafa possui sabor agradável e grande quantidade de proteínas, ao mesmo tempo que possui poucas calorias. Suas propriedades medicinais se concentram nas folhas, flores e principalmente nos brotos, que são altamente nutritivos. Proporciona benefícios para a glândula pituitária (hipófise), alcaliniza o corpo rapidamente e desintoxica o fígado. Externamente é utilizada em feridas. A raiz da alfafa pode ser descascada, secada e desfiada para ser usada como uma espécie escova de dentes natural, vez que a erva possui propriedades medicinais para combater a halitose (mau-hálito).
Contém saponinas como ingrediente ativo, que no intestino, funciona como um emulsificante de gordura, fazendo com que o corpo não absorva dessa gordura, e que a mesma seja eliminada pelo organismo. É usada como uma erva de banho e enxaguante para cabelo. A alfafa também é rica em proteínas, é um bom fortificante contra o raquitismo.
O chá de alfafa é eficaz no tratamento de anemias, deficiência de ferro no corpo. Auxilia a circulação sanguínea, protegendo de hemorragias. O chá de alfafa tomado em jejum recalcifica os ossos e combate o raquitismo e o excesso de ureia. Também combate o escorbuto (doença causada pela deficiência de vitamina C no corpo), falta de apetite, má digestão, úlceras nervosas, cistite, reumatismo e artrite.
O efeito diurético do chá da alfafa evita que o corpo retenha muitos líquidos. Por ser um chá alcalino rico em sais minerais como magnésio, potássio, ferro, zinco e sobretudo cálcio, ajuda a eliminar o sódio em excesso no corpo, evitando a ocorrência de gota. Ajuda a equilibrar o fator ácido-base do corpo, evitando a acidificação do sangue.
O chá deve ser sempre feito a partir da folha seca, secada na sombra, para não murchar a folha e perder parte das qualidade terapêuticas. Deve-se tomar um copo de chá quatro dias por semana antes do almoço.
Além de ser rica em clorofila e cálcio, possui vitamina C, vitamina K, ácido fenólico, ácido fólico, cobre, fósforo, manganês, ferro, zinco, flúor e várias outras substâncias. Possui propriedades antioxidantes e ajuda a diminuir os níveis de colesterol, reduzindo o risco de aterosclerose. O ácido fenólico ajuda a prevenir a formação de coágulos sanguíneos, reduzindo a incidência de doenças cardiovasculares. Os carotenoides previnem o surgimento de doenças degenerativas nos olhos. Também é sugerido que os carotenoides podem ajudar a prevenir o aparecimento de alguns tipos de câncer e doenças do coração.
As flores e as folhas podem ser comidas em forma de salada ou cozidas na panela. O broto pode ser cozinhado e depois consumido em forma de legume na salada ou adicionado a sopas.
O consumo da alfafa é considerado muito seguro, tanto para humanos, quanto para animais, porém deve-se evitar ingerir grandes quantidades de brotos, pois os mesmos contém alcaloides. As folhas e flores não oferecem qualquer tipo de contra-indicações.
O nome alfafa é de origem árabe, derivado de al-fac-facah, que significa “o pai de todas as comidas”. O nome do gênero, Medicago, recorre ao norte da África, onde muitos acreditam que seja a origem da planta. O nome da espécie, sativa, significa algo semelhante como “um longo cultivo”. A alfafa sempre foi de grande importância para os árabes, que alimentavam seus cavalos de corrida puro sangue em grandes enduros pelos desertos da África com esta nutritiva erva. Também é explorada comercialmente para a extração de clorofila.
Segundo a EMBRAPA, a alfafa foi introduzida no Brasil pelo Rio Grande do Sul, a partir do Uruguai e da Argentina. Dentre os fatores que ainda dificultam sua expansão no Brasil, destaca-se o pouco conhecimento, por parte de produtores, das exigências da cultura quanto à fertilidade do solo, do manejo, e das práticas de irrigação, e principalmente a limitada produção de sementes e a inexistência de cultivares adaptadas às principais pragas e doenças. A Medicago sativa faz parte da família das Leguminosas.
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Muito interessante! O Q eu li sobre a alfafa! obrigada.
Recomendo comer os brotos ao natural (em vez de cozidos)