A carqueja-doce (Baccharis articulata) é uma planta medicinal também é conhecida como carquejinha, carqueja-amarga, carqueja-do-mato, dentre outros nomes populares. A carqueja-doce é nativa da América do Sul e cresce em áreas rochosas e arenosas da Argentina, Paraguai, Uruguai e Sul do Sul do Brasil. A exportação da Baccharis articulata, conhecido como “viagra uruguaio”, aumentou consideravelmente nos últimos anos, colocando o Uruguai na posição de liderança como exportador da erva medicinal, além de provocar um recorde na demanda para o público feminino, principalmente nos Estados Unidos. O gênero Baccharis faz parte da família Asteraceae.
A carqueja-doce possui propriedades que combatem problemas digestivos, debilidade orgânica, anemia, úlceras, além de reduzir febres. Pode ser usada para o tratamento de cálculos biliares, insuficiência de secreção de bile, icterícia, cólica biliar, cirrose hepática e congestão hepática. A cinarina em sua composição promove a secreção biliar, reduz o colesterol e aumenta a solubilidade do colesterol dos depósitos patológicos (ateroma), agindo como um hepatoprotetor. Quando atua no combate a doenças do fígado, pode inibir os agentes causadores da esquistossomose e do mal de Chagas. Por meio de sua função diurética, graças aos seus ácidos e compostos fenólicos (incluindo hispiludina), aumenta a excreção de ureia no rim e fígado. Em conjunto com a cinarina, a cinaropicrina apresenta ação carminativa. No Paraguai, é utilizada como uma erva anti-hipertensiva.
A carqueja-doce foi avaliadas quanto às atividades anti-hiperglicemiante. O extrato bruto de Baccaris articulata reduziu significativamente a glicemia de ratos normais hiperglicêmicos e potencializaram a secreção de insulina induzida por glicose. Além disso, observou-se um aumento no conteúdo de glicogênio no músculo sóleo e fígado após os tratamentos. Os extratos e as frações reduziram a atividade da maltase e preveniram a glicação. Desta forma, propõe-se que a Baccharis articulata é capaz de regular a homeostasia da glicose. Os mecanismos envolvem a inibição da enzima que permite a absorção intestinal da glicose, a inibição da glicação, o estímulo da secreção de insulina e o aumento na utilização de glicose pelos tecidos periféricos, evidenciando que a carqueja-doce pode atuar por múltiplos mecanismos de ação para regular a homeostasia da glicose e colaborar na prevenção das complicações da diabetes.
Na Argentina e Uruguai, acredita-se que tenha atividade no tratamento de impotência sexual masculina e esterilidade feminina¹. Estudos recentes afirmam que a carqueja-doce possui a capacidade de energizar a libido em mulheres (agente afrodisíaco), induzindo a excitação e aumentando a capacidade orgástica.
A carqueja-doce é segura quando usada em doses recomendadas. Quando utilizada em excesso, pode reduzir a pressão arterial.
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