O jambu (Spilanthes oleracea) é uma planta medicinal também conhecida como jambú, jabuaçú, jaburama, agrião-do-Pará, planta-dor-de-dente e paracress (inglês). Inclui os sinônimos botânicos Acmella oleracea e Spilanthes acmella.
O jambu é nativo do Brasil, sendo encontrado principalmente nas regiões Nordeste e Norte. Possui folhas verdes escuras que são comestíveis enquanto frescas e usadas medicinalmente há muitos séculos. Apesar de ser uma planta brasileira, se adaptou para o cultivo em várias outras regiões do mundo, sendo inclusive uma especiaria na culinária chinesa. O extrato concentrado do jambu é um agente aromatizante em muitos países do mundo. Das folhas se produz o óleo de jambu, rico em propriedades e com grandes concentrações de vitamina C.
Na medicina alternativa, é comum o uso das folhas e flores através de infusão para o tratamento de dispepsia, malária, infecções na boca e garganta. A decocção ou infusão das folhas e flores é um remédio tradicional para a gagueira, dor de dente e estomatite, além de possuir forte ação diurética.
O jambu é utilizado para aliviar dores de dente, vez que o efeito analgésico da planta é atribuído a presença em sua composição de substâncias contendo N-isobutilamida, como o spilanthol, que mostrou ser um eficaz sialagogo, ou seja, um medicamento cujas propriedades são capazes de incitar, provocar, a secreção de saliva. O spilanthol é também um insecticida potente, capaz de matar as larvas de mosquito a uma concentração de 1/100.000. O spilanthol pertence a uma família química com uma estrutura relativamente simples. De um ponto de vista farmacológico, está relacionado com carisoprodol (um produto farmacêutico ativo sintético), que podem ser comparados em função da sua atividade miorrelaxante (que causa relaxamento de músculo esquelético).
O jambu possui em sua constituição química flavonoides, esteróis, lactonas de sesquiterpeno e amidas, que tem efeitos anestésicos. Mastigar uma folha é suficiente para entorpecer a boca e causar uma sensação de formigamento na língua.
O uso é contraindicado o uso durante a gravidez.
A planta é muito utilizada na culinária típica do Amazonas, Acre, Rondônia e Pará, sendo um ingrediente comum em pratos como o tacacá e o pato no tucupi.
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