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Musgo irlandês: saiba para para que serve

O musgo-irlandês (Chondrus crispus) é uma macroalga (algas multicelulares que possuem órgãos diferenciados) vermelha medicinal também conhecida como alga-do-mar, alga-vermelha, musgo-da-Irlanda, musgo-do-mar, musgo-pérola, carrageen, irish moss e pearl moss (inglês), dentre outros nomes populares. Pertence à família Gigartinaceae.

Benefícios e propriedades medicinais do musgo-irlandês

O musgo irlandês possui altas quantidades de nutrientes e substâncias benéficas para o nosso organismo. Seus talos são ricos em polissacarídeos, compostos do grupo de carrageninas (carragenanas). A alga também é rica em ácidos graxos poli saturados, proteínas, sais minerais e vitamina A, grupo de vitaminas não produzidas naturalmente pelo corpo humano que possuem ação antioxidante, sendo útil para inibir a carcinogênese, ou seja, a formação do câncer, além de aumentar a imunidade, combater à acne e anemia e prevenir úlceras de pele.

O musgo irlandês possui bons índices de ficocolóides, polissacarídeos coloidais extraídos de algas eficazes no combate a hipertensão. As carrageninas, substâncias mais abundantes (representam 55% do total do peso seco da alga), são frequentemente usadas na indústria alimentícia e cosmética. Isso ocorre porque elas são consideradas excelentes emulsificantes, estabilizantes e gelificantes naturais. Tais substâncias, segundo registros históricos, são usadas dentro da medicina alternativa desde a metade do século XIX.

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Uso medicinal

Segundo estudos, o musgo pode ser usado no tratamento de diferentes distúrbios que afetam glândulas e hormônios do nosso organismo, como, por exemplo, o hipertireoidismo. Além disso, é indicada para tratar irritações na pele, tuberculose, diarreia, úlceras, indigestão, dores de garganta, gastrite, bronquite, cistite e glândulas inchadas. A alga é suave e sua ação acalma a área gastrointestinal. Pode ajudar a aliviar úlceras duodenais e pépticas sem qualquer efeito negativo no cólon. Também reduz secreções gástricas.

Na medicina popular, é acrescentado em loções para amolecer a pele e prevenir rugas prematuras. Usado em compressas ou cataplasmas para tratar tecidos inflamados. Na gastronomia, pode acrescentado à saladas e sopas, além de conferir estabilidade e textura em sobremesas, incluindo pudins e sorvetes. O musgo é muito duro para ser ingerido cru e deve ser cozido antes do consumo. Sua importância na culinária é tão grande que já foi amplamente consumido pelos irlandeses durante a escassez de alimentos do século XIX.

Chá de musgo irlandês

O uso mais comum da alga vermelha é em forma de chá ou suplemento em cápsulas. Para fazer o chá da alga, é necessário ferver cerca de 500 ml de água juntamente com uma colher de sopa de musgo irlandês por cerca de 10 minutos. Deixe a mistura esfriar, sempre tampada, e depois coe e filtre. O ideal é tomar até três xícaras por dia.

Contraindicações e efeitos colaterais do musgo irlandês

O uso é contraindicado por pacientes que fazem uso de remédios anticoagulantes devem evitar o consumo do musgo grandes quantidades ou com frequência. Da mesma forma, pessoas alérgicas à algas devem evitar o consumo afim de evitar reações adversas.

História e curiosidades

O musgo irlandês é um componente bastante popular dentro da indústria alimentícia e está presente em uma série de alimentos populares, incluindo iogurtes e sorvetes. Sua utilização se deve, principalmente, à grande quantidade de carrageninas, que servem como uma espécie de liga para as fórmulas. No segmento cosmético, está presente em cremes faciais, shampoos, condicionadores, hidratantes, loções e outros diversos produtos para a beleza e saúde da pele. É um componente sado para engrossar e dar liga em cosméticos. O Chondrus crispus é comum em zonas rochosas das costas Europa e América do Norte. Em sua forma fresca, possui talos cartilaginosos bastante macios e ramificados. Sua coloração varia, podendo atingir desde o amarelo-esverdeado até o roxo e púrpura-acastanhado escuro.

Referências:
dos Santos, Fernando Pereira, Lenita Brunetto Bruniera, and Carlos Eduardo Rocha Garcia. “CARRAGENA: UMA VISÃO AMBIENTAL.”
McCandless, E. L., Craigie, J. S., & Walter, J. A. (1973). Carrageenans in the gametophytic and sporophytic stages of Chondrus crispus. Planta, 112(3), 201-212.
Medicina Natural

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