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Pêssego: saiba para que serve a fruta

O pêssego (Prunus persica) é o fruto do pessegueiro (árvore), sendo também conhecido como melocotón (espanhol), peach (inglês). O pessegueiro faz parte da família Rosaceae.

Benefícios e propriedades medicinais do pêssego

Partes da Prunus persica possuem efeitos diferentes. Possui ação anti-inflamatória, antitumoral (semente), demulcente (casca, folhas e sementes), diurético (casca e folha), emenagoga (semente), expectorante (casca e folhas), laxativa e sedativo (casca, folhas e sementes). Igualmente, partes diferentes possuem indicações específicas. No caso de bronquites e tosses são usadas cascas e folhas. As sementes em forma de unguento são úteis para danos traumáticos e menstruações atrasadas. As flores do pessegueiro são usadas para náuseas e parasitas.

Alguns estudos procuram comprovar a eficácia do pêssego como um agente antitumoral. Acredita-se que os glicosídeos cianogênicos do pessegueiro são capazes de auxiliar na produção de antígenos que combatam os tumores. O pêssego também possui extrato etanólico, substância que inibe a reação das inflamações causadas por processos alérgicos. As flores do pessegueiro têm capacidade de proteger a pele dos danos nocivos causados pelos raios solares ultravioletas (UVB). Alguns cosméticos utilizam o extrato das flores de pêssego em suas composições. A fruta é usada como uma máscara facial.

Uma pequena quantidade de folhas são usadas como um remédio natural para indisposição matinal. Em forma de cataplasma, são aplicadas em feridas. As propriedades curativas mais valorizadas da semente de pêssego tem relação com seu efeito de promover a circulação sanguínea. Do mesmo modo, pode ser útil para tratar o fluxo menstrual escasso ou até mesmo a ausência de menstruação nas mulheres. o lubrificante das sementes pode lubrificar o intestino, manter o intestino liso e melhorar a função intestinal.

Na culinária, as frutas são comidas frescas, em doces e sobremesas. O fruto é adocicado, carnoso e comestível. Possui coloração amarelo avermelhada e envolve a semente. O óleo do pêssego contém ácido oleico, ácido palmítico e benzaldeído, dentre outras substâncias. As folhas contém glicosídeos cianogênicos. As sementes contém inúmeras substâncias, incluindo ácido linoleico, ácido oleico, ácido glicérico, amigdalina (vitamina B-17) e emulsina.

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Chá de pêssego

Chá de pêssego

Por meio das flores do pessegueiro é possível preparar um chá de forma simples que deverá ser tomado duas vezes durante o dia.

Ingredientes

  • 1 litro de água filtrada.
  • 20 gramas de folhas de pêssego.

Modo de preparo

  • Coloque a água em um recipiente e leve ao fogo.
  • Quando atingir o ponto de fervura coloque as folhas do pessegueiro.
  • Aguarde dez minutos.
  • Desligue o fogo e deixe esfriar.
  • Caso necessário, coe a mistura.

Contraindicações e efeitos colaterais do pêssego

O fruto possui substâncias como o salicilato e sulfito, que podem causar alergias em pessoas mais sensíveis. As sementes de pêssego possuem amigdalina, substância que pode ser transformada em ácido cianídrico no organismo, estimulante e posteriormente paralisando o sistema nervoso central. Além disso, o ácido hidrociânico possui efeito anestésico local na pele e e efeito estimulante sobre as mucosas. O consumo do chá deve ser realizado sob a supervisão médica. O cianeto é encontrado no interior das sementes e é considerado um dos venenos mais potentes do reino vegetal.

História e curiosidades

O pêssego é nativo da China e grande parte da região sul da Ásia. Na China, é considerada um símbolo de imortalidade. A espécie Prunus persica foi levada para a Pérsia (atualmente onde fica o Irã) pelos persas. O pessegueiro é uma árvore de grande porte que pode atingir até 8 metros de altura. Suas folhas são simples, serreadas, glabras e alternadas. As flores são vistosas e possuem a cor rosa em diferentes tonalidades, que vão do mais claro até o mais escuro. O fruto, parte mais consumida, possui o aspecto de drupa, ou seja, é carnoso e necessita de esforço mecânico para ser separado da semente. A sua casca é recoberta com pelinhos esbranquiçados.

Referências:
Kashyap, D., S. Kumar, and V. Dhatwalia. “Review on phytochemical and pharmacological properties of Prunus persica Linn.” Asian Pacific Journal of Pharmaceutical Applied Sciences 2 (2015): 5-11.
Peach. Global Supplier Marketer Of Cosmetic Food Ingredients. Centerchem.
Fukuda, T., Ito, H., Mukainaka, T., Tokuda, H., Nishino, H., & Yoshida, T. (2003). Anti-tumor promoting effect of glycosides from Prunus persica seeds. Biological and Pharmaceutical Bulletin, 26(2), 271-273.
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