A busca pela alimentação saudável vem ganhando cada vez mais adeptos. Seja para uma vida melhor, emagrecer ou em casos de saúde, as pessoas desejam comer bem e melhorar a qualidade de vida. Dentre todas as formas de obter tais objetivos, os alimentos prebióticos se destacam nesse quesito.
A maioria das pessoas não ouviu falar deles, mas provavelmente já os consumiu sem saber. Os alimentos prebióticos estão presentes na maioria das dietas. O termo prebiótico é usado para classificar alguns componentes de alimentos vegetais que são resistentes à ação das enzimas. Ou seja, isso significa que eles não são digeridos pelo organismo. Tais alimentos são ricos em carboidratos e fibras solúveis na água e podem ser encontrados em uma ampla diversidade de alimentos, incluindo cereais, frutas e legumes.
Os maiores exemplos de alimentos prebióticos são aqueles que contém frutoologosacarídeos (FOS), inulina, ligninas e pectina. Tais alimentos colaboram para que o organismo absorva somente os nutrientes necessários. Dessa forma, quando há o devido processamento dos alimentos, o excesso de açúcar e colesterol é eliminado. Veja as principais características dos alimentos prebióticos e como atuam no organismo.
Os alimentos prebióticos são muito fáceis de encontrar e possuem grande disponibilidade.
Os frutooligossacarídeos (FOS) são açúcares não convencionais, não metabolizados pelo organismo humano e não calóricos. São considerados prebióticos uma vez que promovem seletivamente o crescimento de probióticos como Acidophillus e Bifidus. Desta forma, os FOS promovem vários benefícios à saúde humana, desde a redução de colesterol sérico até o auxílio na prevenção de alguns tipos de câncer. São encontrados no alho, banana, cebola e cereais como aveia, cevada e trigo.
As inulinas são um grupo de polissacarídeos naturais produzidos por muitos tipos de plantas. Pertence à uma classe de fibras alimentares conhecidas como frutanos. A inulina é usada por algumas plantas como um meio de armazenar energia e é tipicamente encontrada em raízes ou rizomas. Está presente na composição do alho, alcachofra, aspargos, cebola e na raiz da chicória.
A lignina é uma classe de polímeros orgânicos complexos que formam importantes materiais estruturais nos tecidos de suporte de plantas vasculares e algumas algas. Está na casca de leguminosas, o que o torna as amêndoas, o gergelim e a linhaça exemplos de alimentos prebióticos. As ligninas são encontradas em grande concentração na soja e no feijão azuki, tanto que neste caso, a lignina é produzida de maneira comercial para ser substituta do açúcar na alimentação dos diabéticos.
A pectina é uma parte natural da dieta humana, mas não contribui significativamente para a nutrição. A ingestão diária da pectina de frutas e vegetais pode ser estimada em cerca de 5 gramas (assumindo o consumo de aproximadamente 500 g de frutas e vegetais por dia). Ocorre nas cascas de quase rodas as frutas cítricas, sendo encontrada em quantidade elevada na maçã e no maracujá. A ciência dos alimentos já conseguiu isolar os ativos prebióticos de alguns alimentos e usá-los em produtos industrializados. Contudo, a recomendação é sempre optar por alimentos naturais.
São inúmeras as vantagens que uma alimentação rica em alimentos prebióticos pode oferecer à saúde das pessoas. Confira quais são as principais:
Alguns iogurtes sem açúcar também são uma excelente fonte prébiótica. Como as leguminosas, o iogurte que possui alguns ingredientes ativos em sua composição, principalmente a adição de fibras, pode trazer inúmeros benefícios para uma cultura de bactérias intestinais que promovem a saúde e imunidade, estimulando o desenvolvimento dessas bactérias benéficas que ajudam na digestão. Tais alimentos também podem ajudar o organismo a absorver com mais eficácia minerais importantes, como cálcio, ferro, magnésio e zinco.
De qualquer forma, vale ressaltar que os alimentos prebióticos, apesar de possuírem bons valores nutricionais, devem ser combinados com um estilo de vida saudável. Da mesma maneira, o estilo de vida, fatores hereditários, influências do ambiente e quantidade de atividade física também são fatores determinantes para o funcionamento do organismo.
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