Ruibarbo-Culinário (Rheum rhabarbarum): Guia Completo

Rheum rhabarbarum L. O Rheum rhabarbarum é conhecido popularmente como ruibarbo-culinário, ruibarbo-de-jardim ou pie plant. É uma planta herbácea perene robusta da família Polygonaceae. É nativa da Sibéria e regiões montanhosas da Ásia Central.

É amplamente cultivada em jardins e hortas de regiões temperadas em todo o mundo. Seus pecíolos (talos) comestíveis possuem sabor ácido e refrescante. Esta planta distintiva possui grandes folhas basais ovadas com margens onduladas. Seus grossos pecíolos carnosos variam em cor do verde ao rosa-avermelhado vibrante.

Possui uma história fascinante que transita entre o uso medicinal e culinário. Foi inicialmente introduzida na Europa no século XVI como planta medicinal. Gradualmente se tornou popular como ingrediente culinário a partir do século XVIII. Especialmente na Inglaterra e posteriormente nos Estados Unidos, ganhou o apelido carinhoso de pie plant.

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Diferenças Entre Ruibarbo Culinário e Medicinal

O ruibarbo-culinário é botanicamente distinto do ruibarbo medicinal chinês (Rheum palmatum ou R. officinale). Ambos pertençam ao mesmo gênero e compartilham a família Polygonaceae. O ruibarbo culinário é cultivado especificamente por seus pecíolos comestíveis.

Os pecíolos são ricos em vitamina K, vitamina C, fibras, cálcio e potássio. Também contêm compostos antioxidantes como antocianinas e polifenóis. O ruibarbo medicinal é valorizado por suas raízes ricas em antraquinonas. Essas antraquinonas possuem propriedades laxativas potentes.

Toxicidade das Folhas

Uma característica crítica e potencialmente perigosa é a toxicidade de suas folhas. Ambas as espécies compartilham esta característica. As folhas contêm altas concentrações de ácido oxálico e glicosídeos de antraquinona. Podem causar envenenamento severo se ingeridas.

Os sintomas incluem náusea, vômito, dor abdominal e queimação na boca e garganta. Também causam dificuldade respiratória e, em casos graves, insuficiência renal. Os pecíolos do ruibarbo culinário são perfeitamente seguros para consumo quando cozidos.

Embora também contenham ácido oxálico em quantidades menores, isso contribui para seu sabor caracteristicamente ácido. Também confere um sabor levemente adstringente.

Valor Nutricional e Propriedades

Do ponto de vista nutricional, o ruibarbo é considerado um “vegetal de fruta”. Embora botanicamente seja um vegetal, é culturalmente tratado e preparado como uma fruta. É usado em receitas doces.

É uma excelente fonte de vitamina K essencial para a coagulação sanguínea. Também é importante para a saúde óssea. Fornece fibras dietéticas que promovem a saúde digestiva. Contém antioxidantes que combatem o estresse oxidativo.

Possui compostos bioativos como o crisofanol e a emodina. Estes demonstraram propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e potencialmente anticancerígenas em estudos preliminares.

Nomes Populares

Ruibarbo-culinário, Ruibarbo-de-jardim, Ruibarbo, Pie plant (Estados Unidos), Garden rhubarb (Estados Unidos, Reino Unido), Culinary rhubarb (Reino Unido), Rhubarbe (França), Rabarbaro (Itália).

Sinônimos Botânicos da Rheum rhabarbarum

Rheum undulatum L., Rheum x hybridum Murray.

Rheum x hybridum Murray – Nome frequentemente usado para cultivares modernos de ruibarbo culinário. São híbridos complexos entre R. rhabarbarum e outras espécies de Rheum. Foram desenvolvidos para melhorar o sabor, cor e produtividade dos pecíolos.

Família

Polygonaceae

Ilustração botânica de Rheum rhabarbarum L. (ruibarbo-culinário, pie plant), planta perene da família Polygonaceae descrita por Lineu em 1753, nativa da Sibéria, mostrando folhas basais ovadas com margens onduladas, pecíolos carnosos comestíveis rosa-avermelhados, flores esverdeadas em panículas, e rizoma carnoso, em estilo de enciclopédia botânica do século XIX.

Ilustração botânica de Rheum rhabarbarum L. (ruibarbo-culinário, pie plant), planta perene da família Polygonaceae descrita por Lineu em 1753, nativa da Sibéria, mostrando folhas basais ovadas com margens onduladas, pecíolos carnosos comestíveis rosa-avermelhados, flores esverdeadas em panículas, e rizoma carnoso, em estilo de enciclopédia botânica do século XIX.

Partes Usadas

  • Pecíolos (talos) – ÚNICA PARTE COMESTÍVEL

Usos Tradicionais

  • Constipação leve (em doses moderadas)
  • Digestão lenta
  • Estimulação do apetite
  • Febre (uso histórico)
  • Fortalecimento ósseo (devido à vitamina K)
  • Prevenção de doenças cardiovasculares
  • Problemas digestivos
  • Purificação do sangue (uso histórico)
  • Saúde cardiovascular
  • Tônico digestivo

Propriedades Medicinais da Rheum rhabarbarum

  • Adstringente (em doses baixas, contrai tecidos)
  • Anti-inflamatório (reduz inflamações)
  • Antioxidante (combate radicais livres e estresse oxidativo)
  • Cardioprotetor (promove saúde cardiovascular)
  • Colagogo (estimula a secreção de bile)
  • Digestivo (auxilia na digestão)
  • Hipocolesterolêmico (auxilia na redução do colesterol)
  • Laxante suave (em doses elevadas, promove evacuação)
  • Nutritivo (fornece vitaminas e minerais essenciais)
  • Tônico (fortalece e revitaliza o organismo)

Preparações

  • Compota
  • Geleia
  • Suco
  • Torta
  • Xarope

Modo de Uso

Compota de Ruibarbo para Saúde Digestiva

Cortar 500g de pecíolos de ruibarbo em pedaços de 2-3 cm. Cozinhar em fogo baixo com 100-150g de açúcar. Pode usar adoçante natural como mel ou estévia. Adicionar 2 colheres de sopa de água.

Cozinhar por 10 a 15 minutos até ficar macio. Consumir 2 a 3 colheres de sopa por dia como sobremesa ou acompanhamento. A compota é rica em fibras que promovem a saúde digestiva. Também promove movimentos intestinais regulares.

Geleia de Ruibarbo Rica em Antioxidantes

Cozinhar 1 kg de pecíolos de ruibarbo picados com 800g de açúcar. Adicionar suco de 1 limão. Cozinhar em fogo médio, mexendo constantemente até atingir o ponto de geleia. Leva cerca de 30-40 minutos.

Armazenar em potes esterilizados. Consumir 1 a 2 colheres de sopa por dia. A geleia concentra os antioxidantes do ruibarbo. Inclui antocianinas e polifenóis que combatem o estresse oxidativo.

Suco Fresco de Ruibarbo para Vitamina K e Saúde Óssea

Extrair o suco de 300-400g de pecíolos frescos de ruibarbo. Usar um espremedor ou liquidificador. Coar se necessário. Adicionar mel ou agave para adoçar.

Diluir com água se muito concentrado. Beber 1 copo (200ml) por dia. O ruibarbo é uma excelente fonte de vitamina K. Fornece 29,3 μg por 100g, essencial para a coagulação sanguínea. Também é importante para o fortalecimento ósseo.

Torta de Ruibarbo Clássica (Pie Plant)

Preparar uma massa de torta e rechear com 600-700g de pecíolos de ruibarbo cortados. Misturar com 200g de açúcar, 3 colheres de sopa de amido de milho. Adicionar 1 colher de chá de canela e raspas de laranja.

Cobrir com a segunda camada de massa e assar a 180°C por 45-50 minutos. Consumir com moderação como sobremesa. Esta é a preparação mais tradicional e popular do ruibarbo. É muito apreciada nos Estados Unidos e Reino Unido.

Xarope de Ruibarbo para Estimular o Apetite

Cozinhar 500g de pecíolos de ruibarbo picados com 500ml de água. Adicionar 300g de açúcar. Cozinhar em fogo baixo por 20 minutos. Coar e armazenar o líquido em frasco de vidro na geladeira.

Tomar 1 a 2 colheres de sopa diluídas em água. Consumir 15 a 30 minutos antes das refeições. O sabor ácido do ruibarbo estimula a produção de saliva e sucos digestivos. Isso melhora o apetite.

Ruibarbo Cozido com Gengibre para Digestão

Cozinhar 400g de pecíolos de ruibarbo picados com 1 colher de sopa de gengibre fresco ralado. Adicionar 100g de açúcar mascavo e 3 colheres de sopa de água. Cozinhar por 10 a 15 minutos.

Consumir morno, 1 a 2 porções por dia. A combinação de ruibarbo e gengibre potencializa os efeitos digestivos. Reduz náusea e promove movimentos intestinais saudáveis.

Contraindicações e Efeitos Colaterais da Rheum rhabarbarum

Toxicidade das Folhas

AVISO CRÍTICO: As folhas do ruibarbo são ALTAMENTE TÓXICAS. Nunca devem ser consumidas. Contêm altas concentrações de ácido oxálico (0,5-1% do peso fresco). Também contêm glicosídeos de antraquinona, que podem causar envenenamento severo.

A ingestão de folhas pode resultar em náusea, vômito e dor abdominal intensa. Causa queimação na boca e garganta, dificuldade respiratória e convulsões. Pode levar à formação de cristais de oxalato de cálcio nos rins. Isso causa insuficiência renal aguda e, em casos graves, morte.

Estima-se que 5 kg de folhas frescas possam ser letais para um adulto. Sintomas graves podem ocorrer com quantidades muito menores.

Ácido Oxálico nos Pecíolos

Mesmo os pecíolos comestíveis contêm ácido oxálico. Embora em concentrações muito menores (0,2-0,5% do peso fresco). Pessoas com histórico de cálculos renais devem limitar o consumo de ruibarbo. Especialmente cálculos de oxalato de cálcio.

O ácido oxálico pode se ligar ao cálcio e formar cristais insolúveis. Estes contribuem para a formação de pedras nos rins. Pessoas com doença renal crônica ou insuficiência renal devem evitar o ruibarbo.

Interferência na Absorção de Minerais

O ácido oxálico também pode interferir na absorção de cálcio e outros minerais. Forma complexos insolúveis. Embora o ruibarbo contenha cálcio (86 mg por 100g), a maior parte está ligada ao ácido oxálico. Não é biodisponível.

Pessoas com deficiência de cálcio ou osteoporose devem consumir ruibarbo com moderação. Devem garantir ingestão adequada de cálcio de outras fontes.

Efeitos Gastrointestinais

O consumo excessivo de ruibarbo pode causar diarreia, cólicas abdominais e desconforto gastrointestinal. Isso ocorre devido ao seu conteúdo de fibras e compostos laxativos suaves.

Gestantes e Lactantes

Gestantes devem consumir ruibarbo com moderação. Contém pequenas quantidades de antraquinonas que, em doses elevadas, podem estimular contrações uterinas. Lactantes podem consumir ruibarbo em quantidades culinárias normais.

Interações Medicamentosas

Pessoas que tomam anticoagulantes (como varfarina) devem consultar um médico antes de consumir ruibarbo regularmente. Seu alto teor de vitamina K pode interferir com a eficácia desses medicamentos.

Consumo Adequado

O ruibarbo cru é mais ácido e pode causar irritação na boca e garganta. Sempre cozinhar antes de consumir.

Fitoquímicos da Rheum rhabarbarum

  • Ácido oxálico (0,2-0,5% nos pecíolos, 0,5-1% nas folhas)
  • Antocianinas (responsáveis pela cor vermelha)
  • Crisofanol (antraquinona em baixas concentrações)
  • Emodina (antraquinona em baixas concentrações)
  • Fibras dietéticas (1,8g por 100g)
  • Flavonoides (quercetina, kaempferol)
  • Glicosídeos de antraquinona (em baixas concentrações)
  • Polifenóis
  • Taninos
  • Vitamina C (8 mg por 100g)
  • Vitamina K (29,3 μg por 100g)

Curiosidades

Classificação Legal Como “Fruta”

O ruibarbo é botanicamente um vegetal. Os pecíolos são tecnicamente caules modificados. Mas em 1947, um tribunal de alfândega dos Estados Unidos em Buffalo, Nova York, classificou oficialmente o ruibarbo como uma “fruta”.

Isso foi para fins de regulamentação comercial e tarifária. A razão é que é culturalmente usado e preparado como fruta em receitas doces. Esta decisão legal curiosa permanece até hoje. O ruibarbo é oficialmente uma “fruta” nos Estados Unidos, embora botanicamente seja um vegetal.

O Apelido “Pie Plant”

O apelido pie plant (planta de torta) tornou-se extremamente popular nos Estados Unidos. Isso ocorreu durante os séculos XIX e XX. O ruibarbo era um dos primeiros “vegetais-frutas” a amadurecer na primavera.

Fornecia um ingrediente fresco e ácido muito apreciado para tortas após o longo inverno. A torta de ruibarbo, muitas vezes combinada com morangos, tornou-se um símbolo da culinária caseira americana. Continua sendo uma receita tradicional de primavera.

Introdução na Europa

O ruibarbo foi inicialmente introduzido na Europa no século XVI como planta medicinal. Foi importado da Ásia através da Rota da Seda. Era extremamente caro e valorizado por suas propriedades purgativas.

Somente no século XVIII, especialmente na Inglaterra, o ruibarbo começou a ser cultivado em jardins. Passou a ser usado culinariamente quando o açúcar se tornou mais acessível. As pessoas descobriram que o sabor ácido do ruibarbo combinava perfeitamente com adoçantes em sobremesas.

Incidente da Primeira Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra Mundial, o governo britânico recomendou oficialmente o consumo de folhas de ruibarbo. Era para substituir vegetais verdes escassos. Isso resultou em vários casos de envenenamento e mortes.

Esta recomendação equivocada e perigosa foi rapidamente retirada. Serviu como um lembrete trágico da toxicidade das folhas de ruibarbo. Também destacou a importância de educar o público sobre quais partes da planta são seguras para consumo.

O “Triângulo do Ruibarbo”

O “triângulo do ruibarbo” (Rhubarb Triangle) é uma área de aproximadamente 23 quilômetros quadrados. Fica entre as cidades de Wakefield, Morley e Rothwell em West Yorkshire, Inglaterra.

Tornou-se mundialmente famosa no século XIX e início do século XX pela produção de ruibarbo forçado (forced rhubarb). Neste método especial de cultivo, as plantas são cultivadas em galpões escuros e aquecidos durante o inverno. Isso força-as a crescer rapidamente na escuridão.

Produz pecíolos extremamente tenros, doces e de cor rosa vibrante. São considerados uma iguaria gourmet. O ruibarbo forçado de Yorkshire tem status de Indicação Geográfica Protegida (IGP) na União Europeia.

Perguntas Frequentes sobre Ruibarbo-Culinário

Qual a Diferença Entre Ruibarbo Culinário e Ruibarbo Medicinal?

O ruibarbo culinário (Rheum rhabarbarum ou R. x hybridum) é cultivado especificamente por seus pecíolos comestíveis. São usados em receitas doces como tortas, compotas e geleias. Contém baixas concentrações de antraquinonas e é seguro para consumo regular.

O ruibarbo medicinal (Rheum palmatum ou R. officinale) é cultivado por suas raízes. Contêm altas concentrações de antraquinonas com propriedades laxativas potentes. É usado medicinalmente, não culinariamente. Ambos têm folhas tóxicas.

As Folhas de Ruibarbo são Realmente Tão Perigosas?

SIM! As folhas de ruibarbo são altamente tóxicas. Contêm alto teor de ácido oxálico (0,5-1%) e glicosídeos de antraquinona. A ingestão pode causar envenenamento severo com sintomas como náusea, vômito e dor abdominal.

Causa queimação, dificuldade respiratória e insuficiência renal. Em casos graves, pode causar morte. Estima-se que 5 kg de folhas frescas possam ser letais. NUNCA consuma as folhas! Apenas os pecíolos são comestíveis.

Posso Comer Ruibarbo Cru?

Tecnicamente sim, os pecíolos de ruibarbo podem ser consumidos crus. Mas não é recomendado por várias razões. São extremamente ácidos e podem causar irritação na boca e garganta.

Contêm ácido oxálico que pode interferir na absorção de minerais. O sabor cru é muito amargo e desagradável para a maioria das pessoas. O cozimento reduz a acidez, melhora o sabor. Torna o ruibarbo mais palatável e seguro para consumo.

O Ruibarbo é Bom Para Perder Peso?

O ruibarbo pode ser um aliado na perda de peso quando consumido com moderação. Deve ser preparado com pouco açúcar. É muito baixo em calorias (21 kcal por 100g).

É rico em fibras que promovem saciedade e ajudam a regular o apetite. Contém compostos que podem auxiliar na digestão. No entanto, a maioria das receitas tradicionais de ruibarbo contém grandes quantidades de açúcar. Isso anula os benefícios para perda de peso.

Para aproveitar os benefícios, prepare o ruibarbo com adoçantes naturais de baixa caloria.

Pessoas com Cálculos Renais Podem Comer Ruibarbo?

Pessoas com histórico de cálculos renais devem limitar ou evitar o consumo de ruibarbo. Especialmente cálculos de oxalato de cálcio (o tipo mais comum). O ácido oxálico presente nos pecíolos pode se ligar ao cálcio.

Forma cristais de oxalato de cálcio, que contribuem para a formação de pedras nos rins. Se você tem cálculos renais ou está em risco, consulte um médico ou nutricionista. Faça isso antes de consumir ruibarbo.

Qual a Melhor Época Para Colher Ruibarbo?

O ruibarbo é tipicamente colhido na primavera e início do verão. Abril a junho no Hemisfério Norte, outubro a dezembro no Hemisfério Sul. Nesta época, os pecíolos estão tenros e saborosos.

Evite colher após julho/janeiro, pois os pecíolos ficam mais fibrosos e amargos. A planta precisa de tempo para acumular energia para o próximo ano. Nunca colha mais de 1/3 dos pecíolos de uma planta de uma só vez. Não colha de plantas no primeiro ano após o plantio.

Referências:
Rhubarb: Nutrition, Benefits, and More – Healthline
Health Benefits of Rhubarb – WebMD
Rhubarb: Benefits, Nutrition, and Risks – Health.com
Rhubarb – Love it for its Taste, Eat it for Your Health – Penn State Extension
Are Rhubarb Leaves Poisonous? – Healthline
Rhubarb leaves poisoning – MedlinePlus
Rhubarb, Rheum rhabarbarum – Wisconsin Horticulture