Chapéu-de-couro: para que serve a planta

Chapéu-de-couro (planta) - Echinodorus grandiflorus

Conheça os benefícios, efeitos e propriedades medicinais do chá de chapéu-de-couro (Echinodorus spp), planta brasileira também conhecida como chá-mineiro.

Atualizado em 20/11/2023

O chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus) é uma planta medicinal também conhecida popularmente como chá-de-campanha, chá-mineiro, aguapé, alismácea, erva-de-bugre, congonha-do-brejo, erva-do-brejo e erva-do-pântano. O chapéu-de-couro é uma planta herbácea perene, semiaquática, nativa do Brasil, sendo encontrada principalmente no Sudeste em regiões alagadas de cerrado, sobretudo nos estados de Minas Gerais e São Paulo, porém, também pode ser encontrada no Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e Sul (Paraná e Santa Catarina).

Benefícios do chapéu de couro

Apesar de poucas pesquisas científicas a respeito das propriedades medicinais da planta, o chapéu-de-couro é usado na medicina popular como depurativo, tônico, diurético, antirreumático, anti-inflamatório, sendo também usado para combater o excesso de ácido úrico, artrite, artrose, gota, reumatismo, sífilis e problemas estomacais e de pele. O chá de chapéu-de-couro é usado com muita aceitação na medicina popular brasileira, apesar de poucos estudos realizados sobre a eficácia do chá. Estudos não detectaram toxicidade na espécie.

O chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus e Echinodorus macrophyllus) é uma planta medicinal de áreas alagadas de ocorrência em grande parte do território brasileiro. Estudos preliminares demonstraram que o extrato bruto da espécie Echinodorus grandiflorus possui uma diversidade química estrutural em diterpenos e flavonoides além de significante atividade anti-hipertensiva. Os principais constituintes químicos encontrados no gênero Echinodorus são taninos, flavonoides, triterpenos, glicosídeos, equinodorosídeos, essências e sais minerais. O seu uso popular tem sido validado pelas pesquisas, demonstrando o seu potencial para a indústria farmacêutica.

Como preparar o chá de chapéu-de-couro

O chá de chapéu-de-couro pode ser preparado por infusão ou decocção das folhas. Para preparar uma xícara do chá, deve-se colocar uma pequena quantidade da folha picada (duas colheres de chá ou cerca de 2 à 4 gramas de folhas) em uma xícara de água. O chá deve ser fervido por poucos minutos e tomado, ou também pode ser utilizado para ser aplicado em compressas frias topicamente.

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Contraindicações e efeitos colaterais do chapéu-de-couro

Não foram relatados efeitos colaterais nas bibliografias consultadas.

História e curiosidades

O alisma mantém suas partes inferiores imersas e suas folhas e inflorescências para fora da água. São comuns nas margens de rios, lagos, brejos e pântanos, podendo sobreviver totalmente imersas por um período de tempo e tolerar curtos períodos de seca. Possui flores brancas com manchas amareladas na parte basal, apresentando infrutescências arredondadas de coloração castanha na maturação.²

A Echinodorus grandiflorus inclui os sinônimos botânicos Alisma grandiflorum, Echinodorus floribundus, Echinodorus macrophyllus, E. muricatus, E. probeacens, dentre outros.

Referências:
LAINETTI, R.; BRITO, N.R.S.. A saúde pelas plantas e ervas do mundo inteiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1980. 120p.
PEREIRA, FLÁVIA DIONÍSIO, et al. “Propagação in vitro de chapéu-de-couro (Echinodorus cf. scaber RATAJ.), uma planta medicinal.” Ciência e agrotecnologia 24 (2000): 74-80.