Óleo de rosa mosqueta: para que serve

Óleo de rosa mosqueta - Rosa canina

Benefícios, composição, propriedades funcionais, medicinais e terapêuticas do óleo de rosa mosqueta, muito utilizado na preparação de cremes e loções.

ATUALIZADO EM Atualizado em 19/09/2022

O óleo extraído das sementes de rosa mosqueta (nome comum para Rosa rubiginosa L. ou Rosa canina L.) é popular pelas suas propriedades de cicatrização e rejuvenescimento da pele. Por isso, o óleo de rosa mosqueta tem sido muito utilizado na cosmetologia, em preparações de cremes e loções de uso tópico.

Composição e extração do óleo de rosa mosqueta

A semente da rosa mosqueta (Rosa rubiginosa) é rica em ácidos graxos insaturados: ácido oleico (16%), linoleico (41%) e linolênico (39%), além de vitamina A ácida (tretinoína). O óleo de rosa-mosqueta é obtido das sementes, usando o método de prensagem a frio (moagem da semente para saída do óleo) e hexano como solvente de extração. Após a extração, o óleo é refinado por winterização para eliminar os triglicerídeos de maior saturação e finalmente é estabilizado. Possui aparência de um líquido transparente de cor acastanhada.

Benefícios e usos do óleo de rosa mosqueta

A alta concentração de ácidos graxos insaturados no óleo de rosa mosqueta (ácido oleico, linoleico e linolênico) conferem a a capacidade de regenerar os tecidos e de conservar a textura da pele. É conhecido também que esses ácidos possuem papel importante na síntese de prostaglandina, um componente essencial nos processos bioquímicos e fisiológicos que levam à formação do tecido epitelial. Além disso, verificou-se a presença de ácido trans retinóico no óleo de rosa, que também exerce influência no processo de cicatrização da pele. Diversos estudos mostram a eficácia do óleo de rosa mosqueta para tratar cicatrizes pós cirúrgicas, hipertróficas e em queimaduras.

Além dos ácidos graxos, a presença de carotenoides, polifenóis e tocoferóis no óleo garantem a ação antioxidante. Isso significa que estes compostos eliminam radicais livres, que são um dos maiores causadores de envelhecimento precoce da pele. Como consequência, o uso do óleo de rosa-mosqueta contribui para o rejuvenescimento e revitalização da pele. Por esses motivos, o óleo de rosa mosqueta tem sido amplamente utilizado em cremes para tratar cicatrizes e queimaduras, para tratar acne e para manter a pele jovem e hidratada.

Vitamina A

O óleo ainda contém vitamina A (retinol), que é amplamente utilizada no tratamento de acne, uma vez que ela atua na redução de lesões inflamatórias, características de lesões causadas por acne. O retinol ainda hidrata a pele, mantém e elasticidade, produz fibras de colágeno e induz a dilatação sanguínea (o que também auxilia na hidratação cutânea). Um estudo analisou o efeito de cremes à base de óleo de rosa mosqueta na atenuação de rugas de expressão e chegou a resultados satisfatórios. Acredita-se que a presença da vitamina A está relacionada a este efeito.

Óleo de Rosa Mosqueta: INFORMAÇÕES

Nome científico

Rosa rubiginosa

Benefícios primários

Efeito cicatrizante e hidratante

Composição química

Ácidos graxos insaturados: ácido oléico (16%), linolêico (41%) e linolênico (39%), além de Vitamina A ácida (tretinoína) e compostos cetônicos.

Parte utilizada

Óleo extraído das sementes

Modo de uso

Aplicar algumas gotas diretamente na pele e/ou couro cabeludo ou diluir em cremes e loções cremosas.

Precauções

Uso externo. Evitar contato com os olhos. Em caso de irritação, suspender o uso. Se os sintomas persistirem, procure um médico. Conservar em recipiente hermético protegido de umidade, ao abrigo de luz e calor.

Contraindicações e efeitos colaterais do óleo de rosa mosqueta

Crianças, gestantes, idosos e portadores de qualquer enfermidade devem consultar o médico antes de usar o óleo de rosa mosqueta.

História e curiosidades

A rosa-mosqueta (nome comum para Rosa rubiginosa ou Rosa canina), é uma planta pertencente ao gênero Rosacea. Esse arbusto selvagem é de origem europeia e ocidental. Colonizadores espanhóis a levaram para o Chile, onde hoje também cresce nas encostas dos Andes. O uso é antigo, vez que a flor é uma das plantas ornamentais mais conhecidas do mundo. Guirlandas de rosas decoravam as estátuas de deuses e deusas na Grécia e em Roma. Os primeiros cristãos consideravam a roseira sagrada e elaboraram as primeiras contas do rosário a partir da roseira. A rosa é considerada um símbolo do amor em todos os lugares.

A maioria das espécies de rosa cresce como um arbusto vertical ou uma trepadeira. Rosas selvagens geralmente crescem em matagais espinhosos ou sarças. As folhas geralmente pinadas estão dispostas alternadamente ao longo dos caules com dois a quatro pares de folíolos finamente dentados, verde-escuros, ovais e um folheto terminal. As grandes flores de rosas selvagens têm cinco pétalas. Eles crescem individualmente no caule ou em grupos de dois ou três. As variedades cultivadas têm pétalas com cores variadas, tal como branco, amarelo, rosa e muitos tons de vermelho. Os verdadeiros frutos de uma rosa são os numerosos aquênios minúsculos, cada um contendo uma única semente.

REFERÊNCIAS:
FRANCO, Daniel et al. Processing of Rosa rubiginosa: Extraction of oil and antioxidant substances. Bioresource technology, v. 98, n. 18, p. 3506-3512, 2007.
LONGE, Jacqueline L. The GALE ENCYCLOPEDIA of Alternative MEDICINE, Vol. 3, Jacqueline L. Longe, 2005, Thomson Gale. Thomson Gale, a part of The Thomson Corporation., 2005.
MABE, G. D. et al. Extraction of Rosa mosqueta (Rosa Aff. Rubiginosa) oil with dense fluids. In: II WOCMAP Congress Medicinal and Aromatic Plants, Part 4: Industrial Processing, Standards & Regulations, Quality, Marketing, 503. 1997. p. 37-44.
OLIVEIRA, Priscila Sarai de. A utilização do óleo de rosa mosqueta (rosa canina l.) no tratamento de cicatrizes. 2019.