O óleo de canola é resultado de um melhoramento genético da colza (Brassica napus), cujo processo reduziu consideravelmente sua toxicidade, o que faz com que o mesmo não seja prejudicial para o corpo humano. Também conhecido como óleo do Canadá (Canadian oil), rapeseed oil (inglês) e “azeite de baixo teor ácido”, o óleo de canola é regulamentado nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration).
Efeitos e propriedades do óleo de canola
O óleo de canola é um óleo vegetal recém comercializado para cozinhar e usar em saladas. Contém 55% do ácido graxo monoinsaturado; ácido oleico, 25% de ácido linoleico e 10% de alfa-linolenato, conhecido como um ácido graxo poliinsaturado (PUFA). Apenas 4% dos ácidos graxos saturados (SFAs) que foram implicados como fatores na hipercolesterolemia. Como a maioria dos óleos altamente refinados, o óleo de canola é pobre em nutrientes essenciais. O óleo de canola possui dois ácidos graxos importantes: o ácido alfa linolênico (ALA) e o ácido linoleico.
O ácido alfa linolênico é um dos mais importantes ácidos ômega-3 e possui a capacidade de se converter em outros dois importantes ácidos graxos ômega-3: o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA). O ácido linoleico (ácido graxo ômega-6) é útil para o tratamento de diversas condições de saúde, incluindo diabetes. Ainda sobre a composição, contém um pouco das vitaminas lipossolúveis E e K, além de cerca de 7% de gorduras saturadas, 63% de gorduras monoinsaturadas e 28% de gorduras poli-insaturadas (aproximadamente 18% de ômega-6 e 10% de ômega-3).
Redução do colesterol
Estudos concluíram que óleo de canola reduz os níveis de colesterol total, colesterol ruim e triglicerídeos em até 25%, sem ter muito efeito sobre os níveis de colesterol bom. O óleo de canola funciona melhor quando combinado a algum suplemento de óleo de peixe, que não precisa converter o ALA em EPA e DHA. No caso de pessoas com saúde mais debilitada ou muito idosas, suplementos de ômega-3 à base de óleo de peixe puro podem ser mais recomendado.
Um estudo realizado em 2013 e publicado na revista Nutrition Reviews demonstrou que as dietas à base de óleo de canola reduzem os níveis de colesterol plasmático em comparação com dietas contendo níveis mais elevados de ácidos graxos saturados. O consumo de óleo de canola também influencia as funções biológicas que afetam vários outros biomarcadores de risco de doenças. Revisões anteriores se concentraram nos efeitos para a saúde de componentes individuais do óleo de canola, ao contrário do estudo, que utilizou o óleo intacto, tendo assim implicações práticas imediatas para consumidores e nutricionistas.
Uma pesquisa bibliográfica foi realizada para examinar os efeitos do consumo de óleo de canola no crescimento de células cancerosas, doença cardíaca coronária, inflamação, metabolismo energético, peroxidação lipídica e sensibilidade à insulina. Segundo os pesquisadores, Os dados revelaram reduções substanciais no colesterol total e no colesterol da lipoproteína de baixa densidade, bem como em outras ações positivas, incluindo o aumento dos níveis de tocoferol e melhora na sensibilidade à insulina, comparado com o consumo de outras fontes de gordura na dieta. Em resumo, evidências científicas crescentes apoiam o uso do óleo de canola, além de suas ações benéficas sobre os níveis lipídicos circulantes, como um componente promotor da saúde da dieta.
Diferenças entre canola e colza
A colza (Brassica napus) possui ácido erúcico, apontada como uma substância potencialmente tóxica capaz de causar lesões no coração. O óleo de canola foi criado na década de 1980, quando pesquisadores canadenses manipularam a colza para criar uma variedade da planta que produz índices muito baixos de ácido erúcico. Foi chamada de óleo LEAR (Low Erucic Acid Rapeseed), um acrônimo para óleo de semente de colza com baixo teor de ácido erúcico, um ácido graxo suspeito de ter potencial patogênico em estudos experimentais em animais.
A canola é o óleo alimentar mais amplamente consumido no Canadá e foi aprovado para o status GRAS (Generally Recognized as Safe – Reconhecido como Seguro) pela Food and Drug Administration (FDA) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Apesar de ser considerado seguro, o método de processamento do óleo comercial envolve prensagem, aquecimento e adição de produtos químicos e solventes industriais, o que pode não ser considerado saudável por muitos especialistas. Algumas marcas mais saudáveis optam por prensar o óleo a frio. Tal método rende menos, e portanto, tornam o produto mais caro, contudo, é um tipo de processamento mais bem aceito.