[O ômega 3 é um ácido graxo poliinsaturado crucial para alguns processos do organismo, incluindo a coagulação sanguínea. Presente em alimentos como nozes, óleo de canola, óleo de peixe, sementes de linhaça e na carne de peixes de água fria, tais como salmão e truta, o ômega 3 não é produzido naturalmente pelo organismo e, por essa razão, é importante para o corpo consumi-lo a partir destas fontes.
Benefícios do ômega 3 para as funções cognitivas
Além da coagulação sanguínea, outro processo bastante influenciado pela atuação do ômega 3 no organismo é a saúde de membranas celulares que compõem o cérebro, vez que os ácidos graxos que constituem o ômega 3 são altamente concentrados na região cerebral e, por essa razão, desempenham um papel importante com relação ao crescimento e desenvolvimento de aspectos como a memória e a função comportamental. Assim, uma dieta rica em ômega 3 é capaz de proteger o cérebro de alterações de humor e declínio cognitivo e melhorar a saúde mental do paciente.
Depressão: ômega 3 pode auxiliar como suplemento
Pessoas depressivas apresentam grande oscilação de humor, desânimo, baixa autoestima, tristeza profunda, além de distúrbios do sono e falta de apetite. A depressão é doença psiquiátrica, sendo o estresse uma das principais causas, contudo, alguns maus hábitos alimentares podem ter ligação com o problema. A mudança de hábitos, com uma ingestão abundante de frutas, verduras, legumes, peixes e cereais pode ser considerada o melhor método para combater o estresse, que por sua vez poderá diminuir as chances de um quadro de depressão. Alimentos que possuem grande quantidade de gorduras saturadas, como carnes, leite e queijos, esses enrijecem a membrana e bloqueiam essa passagem de informação, favorecendo a ocorrência de depressão. Consumir ômega 3 faz com que a membrana celular que reveste os neurônios tenha fluidez, facilitando a passagem de informação através dos neurotransmissores.
Outro benefício apontado do ômega 3 para a saúde mental é sua atuação em casos de depressão. Estudos sugerem que o ômega 3 atua como antidepressivo, além de reduzir a incidência de depressão pós-parto. Especialistas comprovaram que o aumento do consumo de alimentos ricos em ômega 3, assim como a ingestão de suplementos de ômega 3 em cápsulas, estão entre os melhores remédios naturais para prevenir e combater a depressão e a ansiedade. O ômega 3 pode ser encontrado em muitos vegetais, como nozes, agrião e espinafre, além de suplementos em cápsulas. O consumo é considerado essencial e indicado para todas as pessoas, vez que ele é capaz de melhorar o controle das emoções e do humor, diminuir a fadiga e perturbações do sono. Na dúvida da quantidade que deve ser consumida e em quais alimentos encontrar a fonte de ômega 3, opte pelas cápsulas, além de ser uma estratégia natural, é considerada tão eficiente quanto os remédios antidepressivos e não causa efeitos colaterais.
Esquizofrenia
Com relação à esquizofrenia, os primeiros estudos detectaram que os pacientes que consumiram doses ricas em ômega 3 também apresentaram melhoria nos sintomas. Contudo, pesquisas posteriores não atingiram os mesmos resultados e, por esse motivo, pesquisadores permanecem realizando estudos neste âmbito para detectar quais são os reais efeitos do ômega 3 perante esta doença.
Hiperatividade e déficit de atenção
Resultados mistos também foram atingidos com relação ao déficit de atenção e hiperatividade. Estudos realizados em crianças revelaram que aquelas dotadas de níveis mais baixos de ômega 3 apresentaram mais distúrbios comportamentais e de aprendizagem com relação às que continham níveis normais deste composto no organismo.
Mal de Alzheimer pode ser prevenido com o consumo de ômega 3
Além destes aspectos, o ômega 3 se mostrou eficaz no que se refere ao declínio cognitivo relacionado à idade, como é o caso do Alzheimer. A doença de Alzheimer acomete, geralmente, os idosos acima de 65 anos, em especial as mulheres. Os idosos são os mais atingidos devido à perda progressiva da funcionalidade cerebral ao longo dos anos. Neste contexto, pesquisas salientaram que uma alimentação rica em ômega 3 é capaz de reduzir em cerca de 40% o risco de se desenvolver o Alzheimer, além de diminuir em cerca de 20% a 30% o risco de se desencadear demência. Isto ocorre devido ao fato de que o ômega 3 age diretamente nas membranas cerebrais responsáveis pelas transmissões sinápticas que envolvem a linguagem, a memória e a função cognitiva.
Transtorno bipolar
A atuação do ômega 3 se mostrou eficaz em casos de transtorno bipolar. Estudos clínicos realizados em 30 pessoas revelaram que os pacientes que consumiram o ácido graxo em um período de 4 meses apresentaram menor índice de alterações de humor.
Contraindicações e efeitos colaterais do ômega 3
Recomenda-se não consumir o ômega 3 durante tratamentos com medicamentos que possuem o poder de afinar o sangue, como é o caso da aspirina, especialmente em casos em que o paciente está propenso à realização de qualquer cirurgia. Isto porque o ácido graxo possui propriedades que colaboram com este mesmo objetivo, fator que pode interferir na coagulação sanguínea.
A ingestão também pode elevar os níveis de açúcar no sangue, sendo necessário o acompanhamento médico para pacientes diabéticos. Contudo, o consumo do ômega 3 torna-se essencial para o organismo, uma vez que seus sintomas de deficiência incluem fadiga, memória fraca, pele seca, problemas cardíacos e alterações de humor.