Beleza da pele: veja as melhores ervas

Saúde da pele

Conheça os benefícios, efeitos e propriedades das ervas medicinais que proporcionam os melhores resultados para a beleza e saúde da pele em geral.

ATUALIZADO EM Atualizado em 23/09/2022

Inúmeras ervas e plantas possuem sementes oleaginosas, folhas, flores, frutos e polpas que são base de óleos vegetais e compostos naturais que podem ser eficazes para a saúde da pele.

Ervas para melhorar a beleza da pele

Muitas destas ervas medicinais já são conhecidas na medicina alternativa por suas propriedades suavizantes, condicionadoras, calmantes, rejuvenescedoras, antibacterianas e anti-inflamatórias, sendo usadas em peeling herbal, produtos de cosmética e remédios naturais para melhorar inúmeras condições de pele (seca, oleosa ou danificada), acne, celulite, cicatrizes, edema, queimaduras, psoríase, rugas, varizes, dentre outros, além de deixar a pele com um aspecto bem bonito e saudável.

Aloe vera: uma das ervas mais importantes para a pele

Gel de Aloe vera (babosa)

Gel de Aloe vera (babosa)

A babosa (Aloe vera) contém propriedades naturais antibacterianas e anti-inflamatórias que a tornam ideal para o tratamento de doenças da pele. É muito utilizada em produtos de cosmética e uma vez que possui ricas propriedades nutricionais, a babosa é um bom remédio para casa para o tratamento da acne (espinhas) e de cravos. O gel da Aloe vera também tem sido utilizado para tratar o melasma. Quando aplicada sobre a pele seca e queimaduras, permite a regeneração dos tecidos e promove a boa circulação sanguínea.

Amêndoa: pele macia e sedosa

Óleo de amêndoas

Óleo de amêndoas

O óleo de amêndoas, feito por meio da prensa das sementes cruas da amêndoa, é um dos principais óleos vegetais utilizados na aromaterapia e cosmética para melhorar as condições da pele. Possui a capacidade de suavizar e condicionar a pele. É indicado para todos os tipos de pele e ajuda a aliviar a coceira, ressecamento e inflamação. O óleo de cor amarelada possui glicosídeos, minerais e vitaminas, além de ser rico em proteínas que beneficiam a epiderme.

Centella asiatica

Centella asiatica

Centella asiatica

A Centella asiatica é uma excelente fonte de triterpenoides, o que a torna capaz de aumentar a resistência à tração da pele e auxiliar na reparação dos tecidos danificados, resultando em um ingrediente natural de cicatrização. Triterpenoides são compostos que auxiliam na cicatrização de feridas e estudos demonstram que estes também podem fortalecer os tecidos, aumentar a concentração de antioxidantes em feridas e restaurar tecidos inflamados, aumentando o fluxo de sangue na região afetada. A Centella asiatica é um ingrediente em várias fórmulas antienvelhecimento e de cremes, auxiliando na reconstrução de células.

Coco

Coco - Cocos nucifera

Coco – Cocos nucifera

O óleo de coco é extremamente útil para a pele ao criar uma barreira protetora para manter a umidade e agir como um protetor solar natural (que também protege o corpo dos efeitos do sal da água do mar sobre a pele. O óleo penetra nas camadas mais profundas para ajudar a manter os tecidos conjuntivos fortes e flexíveis. O óleo de coco é facilmente absorvido, ajudando a reduzir a aparência de linhas finas e rugas. O óleo de coco ajuda na esfoliação da camada externa de células mortas, tornando a pele mais suave.

Confrei

Confrei - Symphytum officinale

Confrei – Symphytum officinale

O confrei (Symphytum officinale) é muito utilizado no tratamento tópico de queimaduras, ulcerações, abrasões, lacerações, picadas de pulgas e insetos e irritação. As folhas possuem um alto teor de carboidratos e são consideradas rejuvenescedoras, curativas, calmantes e umectantes (retém a umidade). São indicadas para peles ásperas e danificadas, atenuando rugas e permitindo que o tecido recupere sua elasticidade. A alantoína favorece a regeneração celular da epiderme, estimula o crescimento de novas células e ajuda a pele sensível a se tornar mais resistente, combatendo o ressecamento e rachaduras. Jamais deve utilizado internamente, vez que possui alto teor de alcaloides de pirrolizidina, que podem causar intoxicação hepática.

Hamamélis

Hamamélis - Hamamelis virginiana

Hamamélis – Hamamelis virginiana

As folhas da hamamélis (Hamamelis virginiana) são muito utilizadas na indústria de cosméticos. É uma das matérias-primas mais utilizadas na produção de creme facial, toners, cremes de barbear e pós-barba, peeling herbal, máscaras faciais e loções pós-banho. O vapor destilado da infusão ou tintura dos ramos e folhas frescas da hamamélis é usado devido aos seus efeitos adstringentes e anti-inflamatórios, sendo também recomendada para determinadas condições de pele, picadas de insetos, contusões etc. O seu alto teor de tanino reforça o efeito adstringente nas veias. Pode ser usado como um tônico facial remover oleosidade e controlar a formação de cravos e espinhas menores.

Lavanda: óleo com muitas utilidades para a pele

Óleo de lavanda

Óleo de lavanda

As flores de lavanda possuem muitos compostos sedativos que podem penetrar na pele, beneficiando e agindo como tônico. Pode ser utilizada em desodorantes. Curiosamente, depois de sofrer uma queimadura no laboratório, o bioquímico francês Reneé-Maurice Gattefossé enfiou o braço em uma tina de óleo de lavanda e notou que ocorreu uma cicatrização consideravelmente satisfatória em pouco tempo, o que fez com que a planta tivesse seu uso tradicional para a cosmética amplamente difundido.

Melaleuca

Óleo Essencial de Melaleuca (Tea Tree)

Óleo Essencial de Melaleuca (Tea Tree)

O óleo de melaleuca (Melaleuca alternifolia), também conhecido como árvore-do-chá (tea tree), é utilizado para uma variedade de condições da pele, sendo que primeiramente o óleo ficou conhecido como a panaceia ideal para tratar problemas pequenos e moderados. Atualmente, é fácil comprar a melaleuca comercialmente. A tea tree é indicada para o tratamento de doenças de pele e também para beneficiar a beleza estética em geral. É usada para acne, oleosidade, erupções cutâneas, bolhas, pé de atleta, micose, queimaduras, cortes, ferimentos leves, infecções, eczema, caspa, sarna e piolhos. Também possui forte ação anti-inflamatória.

Prímula

Prímula - Oenothera biennis

Prímula – Oenothera biennis

O óleo das flores de prímula pode ajudar a reparar a pele danificada e auxiliar no tratamento de doenças como eczema e psoríase.

Rosa-de-mosqueta

Óleo de rosa mosqueta - Rosa canina

Óleo de rosa mosqueta – Rosa canina

A água e o óleo da rosa-mosqueta, bem como a infusão feita de pétalas de rosa, são usadas em produtos cosméticos e deixam a pele macia, limpam a derme e agem como adstringente, tonificante, retentor de umidade e estimulante com efeito reconfortante. O óleo de rosa-mosqueta é rico em ácidos graxos essenciais. Quando a Rosa canina é incluída em cremes ou loção para pele, estimula e hidrata. É particularmente benéfica para pele ressecada.

Referências:
Hekmatpou, Davood, et al. “The effect of aloe vera clinical trials on prevention and healing of skin wound: A systematic review.” Iranian journal of medical sciences 44.1 (2019): 1.
Femenia, Antoni, et al. “Compositional features of polysaccharides from Aloe vera (Aloe barbadensis Miller) plant tissues.” Carbohydrate polymers 39.2 (1999): 109-117.
Esfahlan, Ali Jahanban, Rashid Jamei, and Rana Jahanban Esfahlan. “The importance of almond (Prunus amygdalus L.) and its by-products.” Food chemistry 120.2 (2010): 349-360.
Bylka, Wiesława, et al. “Centella asiatica in cosmetology.” Advances in Dermatology and Allergology/Postępy Dermatologii i Alergologii 30.1 (2013): 46-49.
Park, Kyoung Sik. “Pharmacological Effects of Centella asiatica on Skin Diseases: Evidence and Possible Mechanisms.” Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine 2021 (2021).
Korting, H. C., et al. “Anti-inflammatory activity of hamamelis distillate applied topically to the skin.” European journal of clinical pharmacology 44.4 (1993): 315-318.
Hammer, Katherine A., Christine F. Carson, and Thomas V. Riley. “Susceptibility of transient and commensal skin flora to the essential oil of Melaleuca alternifolia (tea tree oil).” American journal of infection control 24.3 (1996): 186-189.