Muitas vezes relegada ao papel de coadjuvante na culinária, a Berinjela (Solanum melongena) é, na verdade, uma protagonista silenciosa no universo da saúde e da medicina popular. Com sua casca roxa, brilhante e enigmática, este fruto da família das beladonas, tomates e batatas é muito mais do que um ingrediente versátil. Originária da África e domesticada na Índia, a berinjela viajou pelo mundo, absorvendo a sabedoria de diversas culturas, desde a Medicina Ayurvédica, que a usava para tratar diabetes, até a Medicina Tradicional Chinesa, que a empregava para equilibrar o Qi e “esfriar” o corpo.
Este guia aprofundado revela o poder oculto por trás da vibrante casca roxa da berinjela. Vamos desvendar os segredos da nasunina, a antocianina que não só dá a cor característica ao fruto, mas também atua como um potente antioxidante que protege as membranas celulares do nosso cérebro. Exploraremos como seus compostos bioativos ajudam a controlar o colesterol, regular o açúcar no sangue e combater a inflamação, tornando-a um alimento funcional essencial para a saúde cardiovascular e metabólica. Da sua história milenar às mais recentes descobertas científicas, prepare-se para redescobrir a berinjela, não apenas como um alimento delicioso, mas como uma verdadeira farmácia natural.
Nomes Populares
- Português: Berinjela
- Inglês: Eggplant, Aubergine
- Espanhol: Berenjena
- Francês: Aubergine
- Italiano: Melanzana
- Árabe: Bāḏinjān (باذنجان)
Família Botânica
QUIZ - Descubra o Seu Chá Ideal

Solanum melongena L. (Solanaceae) é uma planta herbácea ou arbustiva anual ou perene de curta duração, de 0,4 a 2 metros de altura. Caule ereto, ramificado, verde-acinzentado, frequentemente com espinhos e coberto por pelos estrelados. Folhas alternadas, simples, ovadas a oblongas, de 10-30 cm de comprimento e 5-15 cm de largura, verde-acinzentadas, com pelos estrelados em ambas as faces, margem inteira ou levemente lobada, algumas variedades com espinhos nas nervuras. Flores solitárias ou em pequenos grupos axilares, actinomorfas, hermafroditas, com 5-7 pétalas fusionadas, roxas, violetas ou brancas, de 3-5 cm de diâmetro, com estames amarelos proeminentes. Fruto é uma baga grande, pendente, de forma variável (ovóide, oblonga, cilíndrica, globosa), de 5-30 cm de comprimento, casca lisa e brilhante, de cor roxa-escura, branca, verde, listrada ou amarela, polpa esponjosa, branca ou esverdeada, com numerosas sementes pequenas e achatadas. Nativa da África tropical e do Oriente Médio, domesticada na Índia, amplamente cultivada em regiões tropicais, subtropicais e temperadas quentes. Sinônimos botânicos: Solanum esculentum Dunal, Solanum ovigerum Dunal.
A Solanum melongena pertence à vasta e controversa família Solanaceae, também conhecida como a família das “beladonas” ou “nightshades”. Esta família é um verdadeiro clã de celebridades botânicas, incluindo alimentos essenciais como a batata (Solanum tuberosum), o tomate (Solanum lycopersicum) e os pimentões (Capsicum annuum), mas também plantas medicinais e venenosas como a Beladona (Atropa belladonna) e o Tabaco (Nicotiana tabacum).
A característica marcante da família é a presença de alcaloides, como a solanina na berinjela, que em grandes quantidades pode ser tóxica, mas em doses normais contribui para os mecanismos de defesa da planta e suas propriedades medicinais. A posição da berinjela nesta família explica tanto sua riqueza nutricional quanto a necessidade de consumi-la cozida.
Partes Usadas

As flores da Solanum melongena são solitárias ou aparecem em pequenos grupos de 2-3, surgindo nas axilas das folhas. Elas são grandes (3-5 cm de diâmetro), com 5-7 pétalas fusionadas em forma de estrela, de cor roxa, violeta ou branca, com o centro amarelo brilhante formado pelos estames proeminentes. O cálice é verde, frequentemente espinhoso. As flores são perfeitas (hermafroditas) e a polinização é feita principalmente por abelhas. Após a polinização, o ovário se desenvolve no fruto característico, a baga roxa. A transição da flor delicada para o fruto robusto é um espetáculo botânico que demonstra a versatilidade desta planta da família Solanaceae. A flor roxa já anuncia a riqueza de antocianinas que estará concentrada na casca do fruto maduro.
- Folhas
- Fruto (principalmente)
- Raiz
- Sépalas das flores
Usos Etnobotânicos
- Abscessos
- Artrite
- Asma
- Bronquite
- Cólera
- Diabetes
- Disenteria
- Dor de dente
- Flatulência e indigestão
- Hipercolesterolemia (colesterol alto)
- Infecções de pele
- Infecções de ouvido
- Queimaduras
- Sangramento intestinal
- Verrugas
Propriedades Medicinais
- Analgésico (alivia a dor, especialmente em uso tópico)
- Antidiabético (ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, inibindo enzimas digestivas)
- Antifúngico (combate certos tipos de fungos)
- Anti-inflamatório (reduz a inflamação em todo o corpo)
- Antimicrobiano (possui atividade contra algumas bactérias)
- Antioxidante (protege as células contra os danos dos radicais livres, especialmente a casca)
- Antiviral (apresenta atividade contra alguns vírus)
- Adstringente (as folhas e raízes podem contrair tecidos)
- Cardioprotetor (protege a saúde do coração, melhorando a circulação e reduzindo o colesterol)
- Citotóxico (alcaloides da casca e sépalas mostraram atividade contra células cancerígenas in vitro)
- Hepatoprotetor (protege o fígado)
- Hipocolesterolêmico (ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue)
- Hipotensor (ajuda a baixar a pressão arterial)
- Neuroprotetor (protege as células cerebrais, especialmente devido à nasunina)
Sinergia com Outras Plantas

Solanum melongena L. (Solanaceae) é uma planta herbácea ou arbustiva anual ou perene de curta duração, que pode atingir de 40 cm a 2 metros de altura. Possui caule ereto, ramificado, frequentemente espinhoso, com pelos estrelados. As folhas são grandes, alternadas, ovadas a oblongas, de 10-30 cm de comprimento, verde-acinzentadas, também cobertas por pelos estrelados e, em algumas variedades, com espinhos nas nervuras. O fruto é uma baga grande, pendente, de forma variável (ovóide, oblonga, cilíndrica ou globosa), com casca lisa e brilhante. A cor varia amplamente: roxa-escura (a mais comum), branca, verde, listrada ou até amarela. A polpa é esponjosa, branca ou levemente esverdeada, contendo numerosas sementes pequenas e achatadas. O fruto da berinjela roxa deve sua cor vibrante à nasunina, uma antocianina com potentes propriedades antioxidantes e neuroprotetoras.
Berinjela e Alho (Allium sativum)
Nível de sinergia ★★★★★
A dupla clássica para a saúde cardiovascular. A berinjela, rica em fibras e nasunina, trabalha para reduzir a absorção de colesterol e proteger os vasos sanguíneos. O Alho, com sua alicina, atua como um potente hipotensor, anticoagulante e redutor de colesterol. Juntos, eles formam uma barreira robusta contra a aterosclerose, a hipertensão e outras doenças cardíacas, sendo uma combinação fundamental em dietas como a mediterrânea.
Berinjela e Cúrcuma (Curcuma longa)
Nível de sinergia ★★★★☆
Uma parceria anti-inflamatória poderosa. A berinjela contém diversos compostos anti-inflamatórios, como a nasunina e o ácido clorogênico. A Cúrcuma, com sua curcumina, é um dos anti-inflamatórios naturais mais estudados e eficazes. A combinação dos dois em pratos culinários não só cria um sabor delicioso, mas também potencializa a resposta do corpo contra inflamações crônicas, que estão na raiz de muitas doenças, desde artrite até problemas cardíacos.
Berinjela e Chá Verde (Camellia sinensis)
Nível de sinergia ★★★★☆
Uma aliança focada no metabolismo e no controle de peso. A berinjela é baixa em calorias e rica em fibras, promovendo a saciedade. O Chá Verde, rico em catequinas como a EGCG, é conhecido por acelerar o metabolismo e promover a queima de gordura. Consumir água de berinjela ao longo do dia e beber chá verde pode ser uma estratégia eficaz para quem busca um controle de peso saudável, combinando saciedade, hidratação e estímulo metabólico.
Berinjela e Alcachofra (Cynara scolymus)
Nível de sinergia ★★★☆☆
Uma combinação para a saúde do fígado e da digestão. A berinjela, na MTC, ajuda a limpar o calor do fígado. A Alcachofra é um dos tônicos hepáticos mais conhecidos, estimulando a produção de bile (ação colerética) e protegendo as células do fígado. Juntas, elas auxiliam na digestão de gorduras, na desintoxicação do fígado e no alívio de sintomas como inchaço e má digestão, especialmente após refeições pesadas.
Berinjela e Tomate (Solanum lycopersicum)
Nível de sinergia ★★★☆☆
Uma sinergia antioxidante da mesma família. A berinjela oferece nasunina e ácido clorogênico, enquanto o Tomate oferece licopeno, um carotenoide extremamente potente. Ambos os frutos, quando cozidos (especialmente com um pouco de gordura saudável como azeite de oliva), liberam ainda mais seus antioxidantes. Cozinhar os dois juntos, como em um ratatouille ou molho, cria um prato que é uma bomba de antioxidantes, protegendo as células contra o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças.
Composição Científica (Fitoquímicos)
- Acetilcolina (neurotransmissor com efeito hipotensor)
- Ácido Clorogênico (potente antioxidante e anti-inflamatório)
- Alcaloides Esteroidais (solasonina, solasodina, solamargina – principalmente na casca, com atividade citotóxica)
- Alcaloides Lignanamidas (melongenamida H e I – nas sépalas, com atividade citotóxica)
- Antocianinas (nasunina e delfinidina – na casca roxa, potentes antioxidantes)
- Compostos Carotenoides
- Cumaroiltiramina (Coumaroyltyramine) (composto com atividade anti-hiperglicêmica, neuroprotetora e anti-inflamatória)
- Fibras Solúveis e Insolúveis
- Vitaminas do Complexo B (B1, B6)
Contraindicações e Precauções
Alergia a Solanáceas
Pessoas com sensibilidade ou alergia à família Solanaceae (tomate, batata, pimentão) podem apresentar reações.
Cálculos Renais de Oxalato
A berinjela contém oxalatos, que podem contribuir para a formação de pedras nos rins em indivíduos suscetíveis. Pessoas com histórico de cálculos de oxalato de cálcio devem consumir com moderação.
Cozimento
A berinjela deve ser sempre consumida cozida. Crua, ela contém uma quantidade maior de solanina, um alcaloide que pode causar desconforto gastrointestinal, como náuseas e cólicas.
Deficiência de Ferro
A nasunina, o antioxidante da casca, é um quelante de ferro. Embora isso possa ser benéfico para quem tem excesso de ferro, pessoas com anemia ou deficiência de ferro devem consumir com moderação e não junto com suplementos de ferro.
Modo de Uso (Receitas)

A Solanum melongena apresenta uma incrível diversidade de variedades, resultado de séculos de domesticação e seleção. As berinjelas roxas-escuras, brilhantes e alongadas são as mais comuns no Brasil e na Europa, ricas em nasunina. Existem também variedades brancas (que deram origem ao nome “eggplant” em inglês), variedades verdes, listradas e até pequenas berinjelas redondas usadas na culinária asiática. Cada variedade tem um perfil de sabor e textura ligeiramente diferente. Culinariamente, a berinjela é extremamente versátil: pode ser grelhada, assada, frita, recheada ou transformada em pastas como o baba ganoush do Oriente Médio. Quando cozida, sua textura esponjosa absorve sabores e temperos, tornando-a uma protagonista em pratos vegetarianos e mediterrâneos. A combinação de berinjela com alho, azeite de oliva, tomate e ervas é um clássico que une sabor e saúde.
Água de Berinjela para Colesterol e Saciedade
Uma forma simples e popular de extrair os compostos solúveis da berinjela para auxiliar no controle do colesterol e promover a saciedade ao longo do dia.
Ingredientes
- 1 berinjela média, com casca
- 1 litro de água
- Suco de 1 limão (opcional, para sabor e conservação)
Modo de Preparo
- Lave bem a berinjela e corte-a em rodelas ou cubos, sem remover a casca.
- Coloque os pedaços de berinjela em uma jarra com 1 litro de água.
- Deixe na geladeira durante a noite (cerca de 8-12 horas) para que os compostos se infundam na água.
- Pela manhã, coe a água, descarte a berinjela (ou use em outra receita) e adicione o suco de limão, se desejar.
Como Usar
Beba a água ao longo do dia, especialmente antes das principais refeições, para ajudar a promover a saciedade e auxiliar no controle do colesterol. Consuma por uma semana e faça uma pausa.
Cataplasma de Berinjela para Abscessos e Inflamações na Pele
Um remédio popular tradicional para “puxar” a inflamação de abscessos, furúnculos e outras lesões de pele inflamadas.
Ingredientes
- Rodelas de berinjela crua
- Um pouco de sal
Modo de Preparo
- Corte a berinjela em rodelas grossas (cerca de 1-2 cm).
- Salpique um pouco de sal sobre a superfície cortada da rodela e deixe “suar” por alguns minutos. O sal ajuda a extrair os sucos da berinjela.
Como Usar
Aplique a rodela de berinjela diretamente sobre a área inflamada (abscesso, furúnculo), com a parte salgada em contato com a pele. Prenda com uma gaze ou pano e deixe agir por algumas horas ou durante a noite. Troque o cataplasma diariamente.
Farinha de Casca de Berinjela para Enriquecimento Nutricional
Uma forma de aproveitar ao máximo a casca da berinjela, que é rica em nasunina e outros antioxidantes, transformando-a em uma farinha para adicionar a outras preparações.
Ingredientes
- Cascas de 2-3 berinjelas orgânicas
Modo de Preparo
- Lave bem as berinjelas e descasque-as, reservando apenas as cascas.
- Disponha as cascas em uma assadeira e leve ao forno em temperatura muito baixa (cerca de 100-120°C) ou em um desidratador de alimentos, até que estejam completamente secas e quebradiças.
- Depois de frias, bata as cascas secas em um liquidificador potente ou moedor de café até obter um pó fino.
- Peneire a farinha para remover quaisquer pedaços maiores e armazene em um pote de vidro bem fechado.
Como Usar
Adicione 1 colher de chá da farinha de casca de berinjela em sucos, vitaminas, sopas, iogurtes ou misture em massas de pães e bolos para enriquecer suas receitas com os antioxidantes da casca.
Curiosidades
O Nome “Eggplant”
O nome em inglês, “eggplant” (planta-ovo), surgiu no século XVIII. As primeiras variedades de berinjela cultivadas na Europa eram menores, brancas ou amareladas e tinham o formato de um ovo de galinha, daí o nome curioso que pegou no inglês britânico e americano.
Fruta ou Legume?
Botanicamente falando, a berinjela é uma fruta, mais especificamente uma baga (berry), pois se desenvolve a partir da flor da planta e contém sementes. No entanto, culinariamente, ela é tratada como um legume devido ao seu sabor, textura e uso em pratos salgados.
A “Maçã Louca”
Quando foi introduzida na Itália, a berinjela ganhou o apelido de “melanzana”, que se acredita derivar de “mela insana” ou “maçã louca”. Naquela época, acreditava-se que consumir este novo e estranho fruto da família das beladonas poderia causar loucura.
A Tinta Roxa
A nasunina, a antocianina que dá a cor roxa à casca da berinjela, é um pigmento tão potente que pode manchar. Ao cozinhar berinjela, a água pode ficar com uma tonalidade roxa ou acinzentada. Em algumas culturas, o suco da casca já foi usado como uma tinta natural.
O Teste do Frescor
Para saber se uma berinjela está fresca, pressione-a suavemente com o dedo. Se a casca voltar ao normal, ela está boa para consumo. Se a marca do dedo permanecer, ela provavelmente está velha e pode ter uma textura esponjosa e um sabor mais amargo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Preciso tirar a casca da berinjela para consumir?
Não, e idealmente você não deveria! A casca da berinjela roxa é a parte mais rica em antioxidantes, especialmente a nasunina, que tem importantes propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias. A menos que a receita peça especificamente, mantenha a casca para obter o máximo de benefícios.
Por que a berinjela fica amarga? Como evitar isso?
O amargor da berinjela vem de compostos alcaloides, como a solanina. Berinjelas mais velhas ou que foram mal armazenadas tendem a ser mais amargas. Para reduzir o amargor, você pode cortar a berinjela, salpicá-la com sal e deixá-la “suar” por cerca de 30 minutos. O sal ajuda a extrair os líquidos amargos. Depois, basta lavar para remover o excesso de sal e secar antes de cozinhar.
A água de berinjela realmente emagrece e baixa o colesterol?
A água de berinjela pode ser uma aliada, mas não faz milagres. Ela ajuda a promover a saciedade por ser rica em fibras solúveis, o que pode levar a uma menor ingestão de calorias. Essas fibras também ajudam a reduzir a absorção de gordura no intestino, auxiliando no controle do colesterol. No entanto, ela deve ser parte de uma dieta equilibrada e um estilo de vida saudável, não uma solução única.
Posso comer berinjela crua?
Não é recomendado. A berinjela crua contém solanina, um alcaloide que pode causar problemas gastrointestinais como náuseas, vômitos e cólicas. O cozimento decompõe a maior parte da solanina, tornando a berinjela segura e mais fácil de digerir.
É verdade que a berinjela é da mesma família do tabaco?
Sim. A berinjela, o tomate, a batata e o pimentão pertencem à família Solanaceae, a mesma do tabaco (Nicotiana tabacum). Todas essas plantas produzem alcaloides como um mecanismo de defesa, embora em tipos e quantidades muito diferentes.
Pessoas com artrite devem evitar berinjela?
Existe uma teoria popular de que as plantas da família Solanaceae podem agravar a inflamação em pessoas com artrite, mas a evidência científica é fraca e controversa. Pelo contrário, a berinjela é rica em compostos anti-inflamatórios. A recomendação é que pessoas com artrite observem sua própria reação: se sentirem piora dos sintomas ao consumir berinjela, devem evitar. Caso contrário, não há razão para excluí-la da dieta.
Referências Científicas
- Gürbüz, N., Uluişik, S., & Frary, A. “Health benefits and bioactive compounds of eggplant.” Food Chemistry, vol. 268, 2018, pp. 602-610.
- Noda, Y., et al. “Antioxidant activity of nasunin, an anthocyanin in eggplant peels.” Toxicology, vol. 148, no. 2-3, 2000, pp. 119-123.
- Alighadri, T., et al. “Nasunin, an Amazing Chemical Constituent in Eggplants: A Review of Its Major Properties and Health-Promoting Effects.” ACS Food Science & Technology, vol. 3, no. 11, 2023, pp. 1835-1847.
- Bauman, H. “Food as Medicine: Eggplant (Solanum melongena, S. aethiopicum, and S. macrocarpon, Solanaceae).” HerbalGram, no. 144, 2024, pp. 1-13.
- Cariello, M., et al. “The Eggplant (Solanum melongena L.) and Its Bioactive Compounds: A Review of the Literature.” Nutrients, vol. 13, no. 9, 2021, p. 3064.














