O guggul (Commiphora wightii) é uma planta medicinal também conhecida como bedellium-indiano, goma-guggul, guggulu, gugulipid, indian bdellium (inglês), dentre outros nomes populares. Inclui o sinônimo botânico Commiphora mukul. A Commiphora é nativa da Índia e Paquistão.
Benefícios do guggul para a saúde do coração
O guggul é eficaz em reduzir o colesterol alto, vez que é capaz de reduzir a quantidade de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) ao mesmo tempo que aumenta a quantidade de lipoproteínas de alta densidade (HDL). Além disso, previne o acúmulo de gorduras nas plaquetas sanguíneas. O guggul age convertendo o colesterol em ácidos biliares, fator que aumenta a excreção do colesterol pelo organismo. Estudos científicos observaram redução de cerca de 20% nos níveis de colesterol e triglicerídeos no organismo de pessoas que iniciaram o uso do guggul.
O guggul apresenta ótimos resultados em relação ao sistema cardiovascular, podendo ter aplicações como hipotensivo. As propriedades antioxidantes auxiliam na prevenção de danos ocasionados pela exposição à agentes cancerígenos, chegando a reduzir a incidência de alguns tipos de câncer. O extrato da resina do guggul é usado há mais de dois milênios na medicina ayurvédica para o tratamentos de aterosclerose, diabetes, hiperlipidemia (condição em que há altos níveis de partículas de gordura – lipídios – no sangue) e osteoartrite.
Outros benefícios e propriedades
Outras propriedades do guggul incluem seus efeitos adstringentes, analgésicos, antiespasmódicos, antissépticos, expectorantes, estimulantes e rejuvenescedores. O consumo regular de guggul é um supressor da síntese de marcadores inflamatórios e minimiza a os sintomas de inflamações. Dessa forma, facilita e potencializa o funcionamento do sistema imune, garantindo proteção e resistência contra diversas doenças. O guggul reduz o edema do extrato aquoso, sendo benéfico para pacientes com artrite reumatoide. A resina também age como analgésico e relaxante muscular.
O guggul contribui para o funcionamento da glândula tiroide e ajuda na assimilação de iodo por todo o corpo humano. Desta forma, pode estimular a perda de peso. Estimula a produção de células de brancas, possui efeito antisséptico nas secreções do corpo e auxilia na regeneração de tecido nervoso.
Como usar o guggul?
A resina é a parte usada pela medicina. De cor amarela e fácil de ser extraída, costuma ser encontrada no mercado processada e em cápsulas prontas para o consumo. Embora mais difícil, é possível encontrar o guggul em pó para o preparo de chá. Apesar de suas propriedades medicinais, a Commiphora mukul/wightii não é fácil de ser encontrada, inclusive a espécie pertence à Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção.
Contraindicações e efeitos colaterais do guggul
Quando ingerido em excesso, pode causar diarreia, dores de cabeça, erupções cutâneas, menstruação irregular, náuseas leves e toxicidade hepática. Pacientes com doenças hepáticas, inflamatórias ou intestinais devem consumir com regularidade. O uso também é contraindicado para grávidas e lactantes. A resina pode interagir com outras drogas convencionais.
História e curiosidades
A Commiphora spp. é uma árvore pequena que atinge a altura máxima de 4 metros e possui uma casca extremamente fina. Seus galhos possuem espinhos e suas folhas tem o formato oval, são simples e pequenas com no máximo 5 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de largura. As flores são individuais e possuem cores que variam entre tons vermelhos e rosas, com quatro pétalas pequenas. Seus frutos são redondos, pequenos e ficam vermelhos quando maduros. A Commiphora spp faz parte da família Burseraceae.