Alecrim-pimenta: saiba para que serve

Alecrim-pimenta - Lippia sidoides

Conheça os benefícios, efeitos colaterais, indicações e propriedades medicinais do alecrim-pimenta - Lippia sidoides, planta medicinal nativa do Brasil.

ATUALIZADO EM Atualizado em 19/09/2022

O alecrim-pimenta (Lippia sidoides) uma planta medicinal nativa do Brasil. É um tipo de arbusto encontrado no sertão nordestino, sobretudo nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. O gênero Lippia possui cerca de 200 espécies de ervas, arbustos e pequenas árvores, que são naturais da América do Sul e Central. As espécies deste gênero se destacam pelo aroma forte e agradável e seu aspecto atrativo no período de floração.

Benefícios do alecrim-pimenta

O alecrim-pimenta possui uso comprovado na medicina popular, principalmente como antisséptico e antimicrobiano, sendo que suas folhas e flores constituem a parte medicinal deste vegetal. O óleo essencial das folhas do alecrim-pimenta também é atualmente usado por indústrias farmacêuticas, de perfumaria e cosméticos, vez que possui ricas propriedades antimicrobianas e aromáticas. O chá e a tintura diluída são usados no tratamento de problemas de pele. Várias pesquisas sobre o alecrim estão sendo realizadas em diversas áreas.

Testes com o extrato vegetal do alecrim-pimenta realizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, indicaram que a planta apresenta atividade inibitória de crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, associada a listeriose. A doença pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente por meio do consumo de alimentos contaminados.

Remédios naturais de alecrim-pimenta

Dois produtos em forma de pó à base de alecrim-pimenta foram patenteados pela FCFRP da USP. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados. Segundo a farmacêutica Luciana Pinto Fernandes, realizadora do trabalho, “o óleo essencial do alecrim-pimenta é muito volátil e evapora com facilidade, e acaba oxidando e decompondo-se com o passar do tempo, perdendo um pouco de suas propriedades. Quando encapsulado, se torna mais resistente e mantêm suas propriedades por mais tempo”, explica a pesquisadora.

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Composição

O alecrim-pimenta é composto de flavonoides, quinonas, triterpenos, lignanas, esteroides livres e glicosilados e ácidos orgânico. O óleo essencial possui elevado valor comercial, tendo o timol e o carvacrol como constituintes principais, os quais apresentam propriedades antisséptica, antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória e larvicida.

Contraindicações e efeitos colaterais do alecrim-pimenta

Não foram relatados efeitos colaterais decorrentes do uso do alecrim-pimenta nas bibliografias consultadas.

História e curiosidades

A espécie Lippia sidiodes faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. A Lippia sidoides faz parte da família Verbenaceae.

Referências:
¹ FCFRP produz patente com o antimicrobiano alecrim pimenta. Agência USP.
Almeida, Macia Cleane S. de, et al. “Flavonoids and other substances from Lippia sidoides and their antioxidant activities.” Química Nova 33.9 (2010): 1877-1881. (Flavonoides e outras substâncias de Lippia sidoides e suas atividades antioxidantes)
da Silva, Thais Freitas, et al. “Does the essential oil of Lippia sidoides Cham.(pepper-rosmarin) affect its endophytic microbial community?.” BMC microbiology 13.1 (2013): 1.