Canela-de-sassafrás: saiba para que serve

Canela-de-sassafrás - Sassafras albidum

Conheça os benefícios, efeitos e propriedades medicinais da erva e do chá de canela-de-sassafrás (Sassafras albidum e Sassafras officinale).

Atualizado em 24/07/2024

O sassafrás-norte-americano (Sassafras albidum e Sassafras officinale) é uma planta medicinal também conhecida como canela-de-sassafrás, assim como a espécie Ocotea odorifera, uma variedade nativa da América do Sul (ao contrário da S. albidum, oriunda da América do Norte) com propriedades químicas semelhantes. A canela-de-sassafrás possui outros populares, tais como canela-cheirosa, canela-funcho, canela-mulungu, sassafrás-amarelo, sassafrás-do-Brasil e sassafrasinho. O sassafrás faz parte da família Lauraceae.

Benefícios e propriedades medicinais do sassafrás

Dentre as principais propriedades medicinais do sassafrás se destacam as sua aplicações como anódino (medicamento que mitiga ou faz cessar a dor) antirreumático, aromático, carminativo, diaforético, dentre outras ações. O seu uso é útil para afecções da pele, distúrbios gastrointestinais, dores artríticas e reumáticas, resfriados, dentre outros. Possui propriedades como antisséptico bucal e estimulante circulatório. O sassafrás é um potente depurativo do sangue, o que auxilia na eliminação de toxinas prejudiciais para o bem-estar do organismo.

Dissol

Dissol Pro é um suplemento alimentar capaz de auxiliar na prevenção de formação e dissolução de cálculos renais, além de melhorar o funcionamento dos rins.

Chá de canela-de-sassafrás

O chá de sassafrás é simples de ser preparado e deve ser consumido cerca de duas a três vezes por dia.

Ingredientes

  • 2 colheres de sopa de cascas da raiz de sassafrás
  • 1 litro de água filtrada.

Modo de preparo

  • Misture a erva com a água e coloque em uma chaleira leve ao fogo.
  • Após está mistura alcançar o ponto de ebulição a deixe ferver por cerca de 5 minutos.
  • Passado este tempo retire a mistura do fogo e deixe descansar por 10 minutos, tampado.
  • Coe o chá e ele estará pronto para o consumo.

Óleo essencial de sassafrás

O óleo essencial do sassafrás diluído pode ser usado para o combate de acnes, piolhos e outros tipos de parasitas, além de ser um ótimo relaxante muscular (usado em forma de unguento para músculos doloridos). É útil para reduzir sintomas de problemas menstruais. Ainda com o óleo essencial, é possível adicioná-lo à enxaguantes bucais, pasta de dentes, perfumes e sabões.

Contraindicações e efeitos colaterais do sassafrás

Mulheres grávidas e em período de lactação devem evitar o uso, vez que a planta causa a diminuição da produção do leite materno. Doses elevadas dos frutos podem apresentar efeito narcótico. Em razão do seu efeito desintoxicante, a erva é capaz de afinar o sangue. Desta forma o seu uso deve ser regulado, vez que em altas quantidades pode causar hemorragias.

História e curiosidades

O S. albidum é nativo da América do Norte e pode atingir cerca de 25 metros de altura. Possui um bela copa globosa em formato de guarda-chuva, chamado pelos botânicos de umbeliforme. As folhas possuem coloração verde-escura, são caducas e apresentam uma grande variedade de formas diferentes em uma única árvore. O tronco é bem tortuoso e possui diâmetro máximo de 75 centímetros. A casca externa evidencia cicatrizes e possui coloração castanho acinzentada. As flores se abrem antes do nascimento de folhas novas (geralmente no início da primavera). São pequenas e possuem a coloração verde amarelada. Os frutos são no formato de drupas de cerca de 1 centímetro de diâmetro. A Ocotea odorifera é uma espécie da flora brasileira ameaçada de extinção do ecossistema da Mata Atlântica, segundo o IBAMA.

Referências:
Sassa Uses in Herbal Medicine and Cooking. The leaves, roots, and bark of this versatile plant have all been used throughout the years, as a medicinal herb and as a popular culinary ingredient. Mother Earth News.
S. officinale. Botanical.com
Kamdem, Donatien Pascal, and Douglas A. Gage. “Chemical composition of essential oil from the root bark of S. albidum.” Planta medica 61.06 (1995): 574-575.