Catuaba: saiba para que serve a erva

A catuaba (Erythroxylum vaccinifolium) é uma planta medicinal também conhecida como catuaba-selvagem, catuaba-verdadeira, catuabinha, caramuru, tatuaba, dentre outros nomes populares. A catuaba é a mais famosa das plantas afrodisíacas do Brasil, conhecida por sua capacidade de fortalecer as ereções.

Benefícios da catuaba

A catuaba é um afrodisíaco útil no tratamento da impotência sexual (disfunção erétil) e prostatite, e tem sido estudada por seus possíveis benefícios de proteção contra contra infecções oportunistas em portadores do vírus HIV (AIDS). Na medicina popular brasileira, a catuaba é considerada um estimulante para o sistema nervoso central com propriedades afrodisíacas. A decocção da casca é comumente usada para a impotência sexual, agitação, nervosismo, dores, fraquezas, falta de memória ou esquecimento e fraqueza sexual.

A catuaba funciona como um estimulante do sistema nervoso, sobretudo quando se trata de impotência funcional dos órgãos genitais masculinos. É um afrodisíaco seguro, sem nenhum efeito nocivo. No Brasil é considerado um afrodisíaco com “eficácia comprovada” e, além de tratar a impotência, é empregado para vários tipos de problemas nervosos, incluindo insônia, hipocondria e dores relacionadas ao sistema nervoso central (tais como a ciática e neuralgias).

Na Europa é feito um chá da casca que é utilizado para fraqueza sexual, impotência, debilidade nervosa e exaustão. Herbalistas e profissionais de saúde usam a erva nos Estados Unidos como um tônico para a função genital, estimulante do sistema nervoso central, tônico para a impotência sexual, cansaço geral e fadiga, insônia relacionada à hipertensão arterial, agitação e falta de memória. É benéfica para homens e mulheres como afrodisíaco, mas é na área da impotência masculina que os resultados mais marcantes foram relatados e não há evidências de efeitos colaterais, mesmo após o uso a longo prazo.

Catuaba e marapuama

A planta é mais comumente disponível em forma de bebida e tintura, mas também pode ser tomada como uma decocção. Para ter o efeito máximo, a tintura deve ser colocada em pequena quantidade de um copo com água e uma pequena color de chá de suco de limão. A tintura da libera alcaloides e taninos. Os povos nativos da Amazônia usam catuaba combinada com marapuama, permitindo que a mistura repouse em água morna durante a noite para fazer uma infusão de medicamentos.

Composição

Algumas variedades da planta contém ioimbina. O componente antibacteriano é cinchocaína. A erva ainda é constituída de catuabina, ácidos graxos, fitosteróis, antioxidantes, flavonoides, taninos, resinas e lipídeos. As partes medicinais utilizadas são as folhas, a raiz e a casca.

Contraindicações e efeitos colaterais da catuaba

Não foram relatados efeitos colaterais decorrentes do uso nas bibliografias consultadas. Apesar disso, não é recomendada a utilização durante a gravidez.

História e curiosidades

A catuaba possui uma longa história de uso na medicina herbal como um afrodisíaco. Os índios Tupi do Brasil foram os primeiros a descobrirem as qualidades afrodisíacas da planta e durante os últimos séculos compuseram muitas canções elogiando suas qualidades e capacidades. Além dos Tupis, outros povos indígenas e populações locais usam o caramuru por gerações. Em Minas Gerais há um ditado que diz que “se o pai gerar um filho até os 60 anos, o filho é dele, mas depois dessa idade, o filho é da catuaba!”.

A planta de nome popular inclui as espécies Erythroxylum catuaba, Erythroxylum vacciniifolium, Trichilia catigua, Anemoegma arverse, Anemopaegma mirandum, Bignonia miranda, Anemopaegma sessilifolium e outras que possuem as mesmas propriedades medicinais. Dentre as variações da árvore da tatuaba, algumas delas são de pequeno porte, atingindo cerca de 3 metros de altura, como é o caso da Erythroxylum, nativa da Norte e Nordeste do Brasil. A espécie Trichilia catigua pode chegar a 10 metros de altura. A Anemopaegma é uma grande árvore, crescendo até mais de 40 metros de altura e chamada de catuaba-verdadeira. A catuaba faz parte da família Bignoniaceae.

Referências:
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