A jurubeba (Solanum paniculatum L.) é uma planta medicinal também conhecida como jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e joá-manso. Inclui o sinônimo botânico Solanum paniculatum Pis.
As folhas e flores são aperientes, anti-inflamatórios, cicatrizantes, colagogos, depurativos do sangue, descongestionantes, digestivos, diuréticos, emenagogos, estimulantes, hepatoprotetores, laxantes e tônicos. Já as raízes e frutos são antianêmicos, antidiabéticos, antidispépticos, anti-hidrópicos, aperientes, colagogos, diuréticos e tônicos. Em detrimento das muitas atividades farmacológicas da jurubeba pela Farmacopeia Brasileira, a planta é citada oficialmente para o tratamento de anemia, desordens digestivas e problemas no fígado.
As propriedades terapêuticas da jurubeba devem-se aos esteroides, saponinas, glicosídeos e alcaloides presentes nas raízes, caule, folhas e frutos. Os alcaloides são encontrados em maior abundância nas raízes; já os glicosídeos, nas folhas. A jurubeba apresenta resinas com atividades colagoga e cardiotônicas. Alguns componentes da fração das resinas, a jurubina e jurubepina, são os princípios ativos responsáveis pela ação cardiotônica. Seus alcaloides, especialmente a solanina, apresentam, em baixas doses através da via oral, ação analgésica e antipruriginosa. Esta ação é mediada através do bloqueio dos impulsos dolorosos no sistema nervoso.
As formas de consumo da jurubeba são muito variadas: infusão das folhas, frutos e flores em água; suco com as raízes e frutos; suco com as folhas para uso local ou interno; decocção da raiz; maceração de folhas em água fria ou vinho branco; dentre outras utilizações. A infusão do seu caule e da sua raiz em álcool de cana, vulgo cachaça, é muito utilizada como digestivo. Popularmente, o chá de jurubeba é bastante utilizado para aliviar sintomas de ressaca.
Apesar da gama de indicações clínicas devido a seus compostos, estes também possuem efeito tóxico se ingeridos em excesso, de modo que não se recomenda a ingestão frequente de preparações à base de jurubeba. São os sintomas de toxidade: diarreias, náuseas, sintomas neurológicos e vômitos.
A origem do nome vem do adjetivo latino paniculatum (paniculado), pelo tipo de inflorescência. A jurubeba é nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil. A Solanum paniculatum é uma pequena árvore de porte arbustivo, cujo caule pode atingir até 2 metros de altura. Possui folhas alternas, pecioladas, sinuadas com flores pequenas, azuladas ou violáceas. Seu fruto é uma baga globosa e glabra. A espécie Solanum paniculatum faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. A jurubeba faz parte da família Solanaceae.
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Chá de raiz da jurubeba também é ótimo para melhorar problemas estomacais como a gastrite.
Plantas, raízes, flores e frutos muito bom mesmo medicinais, recomendo