Na botânica, ginseng é o nome popular de plantas perenes com raízes carnudas do gênero Panax, que compreende 11 espécies da família Araliaceae. O ginseng cativou a medicina asiática por mais de 5.000 anos e foi mais apreciada do que o ouro durante a dinastia Qing da China antiga. O nome deriva do termo chinês rénshēn, que significa literalmente “raiz do homem” (referindo-se à forma bifurcada característica da raiz, que se assemelha às pernas de um homem).
Benefícios e propriedades
Em diferentes graus, os diferentes tipos de ginseng proporcionam inúmeros benefícios para a saúde, incluindo a capacidade de melhorar o desempenho físico, sexual, adaptação do organismo ao estresse metabólico, melhora na memória e outros tipos de funcionamento cognitiva, além de ajudar contra inflamações, combater radicais livres, proteger contra o câncer, dentre outros usos terapêuticos. O ginseng é mais comumente utilizado para aumentar a resistência do corpo ao estresse, apesar de possuir propriedades anticancerígenas e antioxidantes.
Hoje, as raízes são consumidas oralmente como adaptógenos, afrodisíacos, estimulantes nutritivos e no tratamento de diabetes tipo II, incluindo disfunção sexual em homens. As raízes do ginseng funcionam como um afrodisíaco e estudos mostraram que aumenta a libido e auxilia na remoção de todos os bloqueios físicos e mentais em relação à relação sexual. Também pode ser usado para tratar vários tipos de distúrbios sexuais, como baixa libido, frigidez e infertilidade.
Tipos
O ginseng cresce predominantemente no hemisfério norte no leste da Ásia (principalmente no norte da China, Coréia e Sibéria oriental), tipicamente em climas mais frios.
Ashwagandha (Withania somnifera)
A ashwagandha, também conhecida como ginseng-indiano possui uma variedade de efeitos neuroprotetores, podendo melhorar algumas formas de cognição e provavelmente um poderoso antioxidante e anti-inflamatório.
Ginseng-americano (Panax quinquefolius)
Os nativos americanos usam essa variedade para o tratamento de náuseas e vômitos, e como uma potente poção de amor. Essa espécie foi administrada aos primeiros colonos que abandonaram suas drogas artificiais em favor das plantas medicinais e o adotaram como um poderoso estimulante e afrodisíaco.
Ginseng-brasileiro (Pfaffia paniculata)
Os povos indígenas da Amazônia o utilizam há milhares de anos para tratar doenças, melhorar imunidade e equilíbrio hormonal, e aumentar as habilidades de autocura do corpo. Conhecida por suas propriedades de aumento de energia, este alimento é útil para se livrar da síndrome da fadiga crônica.
Ginseng-coreano (Panax ginseng)
A mais famosa dentre todas as variedades. Aumenta a resistência do corpo ao trauma, ansiedade, fadiga e estresse e aumenta o desejo sexual. O Panax é rico em fito-hormônios para problemas masculinos e femininos. Para os homens, ajuda na formação de testosterona e para as mulheres protege contra o câncer de mama.
Ginseng-feminino (Angelica sinensis)
O dong quai é muito utilizado no Japão, China e Coréia por mulheres, vez que possui a capacidade de equilibrar os níveis hormônais. É amplamente utilizado entre as mulheres chinesas como um tônico fortificante diário. É uma das ervas mais consumidas na China, usada com freqüência como ginseng e alcaçuz.
Ginseng-siberiano (Eleutherococcus senticosus)
Muitas vezes referido como eleuthero, é particularmente bom para enfrentar o estresse metabólico. Atua como um regulador celular e fornece um aumento contínuo da energia no desempenho físico. Suas qualidades de aprimoramento do desempenho tornaram-no particularmente popular entre os atletas.
Contraindicações e efeitos colaterais
Os ginsengs em sua grande maioria são considerados seguros, ainda que possan provocar alguns efeitos secundários, dentre eles dores de cabeça, arritmia cardíaca, náuseas, hiperatividade e insônia, e em mulheres inchaço dos seios e sangramento vaginal, dependendo da dose ingerida e de cada espécie.