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Moleque-duro: saiba para que serve

O moleque-duro (Cordia leucocephala ou Varronia leucocephala) é uma planta medicinal também conhecida como bamburral, buquê-de-noiva, maria-preta, dentre outros populares. Inclui os sinônimos botânicos Cordia affinis, C. leucocalyx e C. nivea. O moleque-duro faz parte da família Boraginaceae.

Benefícios e propriedades medicinais do moleque-duro

O moleque-duro é uma planta medicinal resistente nativa do Brasil. Cresce na caatinga, habitat de clima seco do Nordeste brasileiro. Dentre os seus usos tradicionais, se destacam sua aplicação para o tratamento dos sintomas da artrite, gota, indigestão, raquitismo e reumatismo, além da prevenção do esgotamento mental. Além disso, o buquê-de-novo possui atividade bactericida, sendo útil para o tratamento de infecções causadas por bactérias. Algumas substâncias extraídas das suas raízes possuem atividade anticancerígena.

Estudos também tem demonstrado que cordiaquinonas, extraídas das raízes, exibiram atividade anticancerígena, induzida pela geração de espécies reativas de oxigênio e a apoptose em células cancerosas. O moleque-duro é muito usado como tônico geral e em casos de indigestão, sendo útil para o tratamento de distúrbios estomacais. O xarope é indicado para o tratamento da artrite e raquitismo, apresentando ótimos resultados.

Composição do moleque-duro

Dentre os principais constituintes da Varronia leucocephala se destacam o benzopirano, cordiaquinonas, naftoquinonas homosesquitriterpenoides, quinonas, triterpenoides e outras substancias em quantidades não tão significantes. Todo o vegetal é medicinal e sua composição química é bem semelhante com outras espécies do gênero Cordia.

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Xarope de moleque-duro

Apesar de ser muito procurada como planta ornamental, o moleque-duro pode ser consumido na forma de chá (são usados as suas folhas e ramos). Também pode ser preparado um xarope por meio de suas flores e mel. O xarope é simples de ser feito e, quando bem guardado, pode durar por cerca de 3 meses.

Ingredientes

  • 500 ml de chá de moleque-duro.
  • 500 ml de mel puro.

Modo de preparo

  • Coloque o chá de moleque-duro previamente preparado em uma panela grande.
  • Logo em seguida, coloque todo o mel dentro da panela.
  • Com o fogo baixo, deixa esta mistura cozinhar (não é necessário mexer).
  • Quando atingir a consistência de xarope, desligue o fogo.
  • Aguarde esfriar e guarde o xarope em vidros esterilizados e tampados.

Contraindicações e efeitos colaterais do moleque-duro

Não foram encontrados estudos que confirmem os efeitos adversos da Cordia leucephala. Desta forma, o uso não é recomendado por gestantes, lactantes e crianças muito pequenas.

Curiosidades

O nome popular moleque-duro foi dado à espécie devido à sua capacidade de ajudar crianças pequenas com raquitismo e dificuldades para andar. O moleque-duro, também conhecida como buquê-de-noiva, é uma espécie nativa do Sertão do Nordeste do país, sobretudo na região de caatinga. Trata-se de um arbusto perene e caducifólio. Alcança no máximo 1 metro de altura e 2 de diâmetro, possuindo formato arredondado. Quando é cultivado em jardins, atinge no máximo 1 metro de altura. As folhas podem medir até 4 centímetros de comprimento, sendo levemente serrilhadas e picotadas. A textura é áspera na parte superior e a coloração possui tom verde vivo. Na parte inferior, possuem um tom verde esbranquiçado. Os frutos são pequenos e apresentam o formato drupáceo. As flores são pequenas, brancas e extremamente delicadas, crescendo no formato de buquês.

Referências:
Maia-Silva, Camila, et al. “Guia de plantas visitadas por abelhas na Caatinga.” Fundação Brasil Cidadão, Fortaleza (2012).
Flora do Brasil 2020. Varronia leucocephala (Moric.) J.S.Mill.
Marinho-Filho, José Delano B., et al. “Oxidative stress induction by (+)-cordiaquinone J triggers both mitochondria-dependent apoptosis and necrosis in leukemia cells.” Chemico-biological interactions 183.3 (2010): 369-379.
Oliveira, F. M., et al. “Quantificação por CLAE de naftoquinonas do extrato das raízes de Cordia leucocephala Moric.” HOLOS 1 (2012).
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