Alcoolismo: melhores tratamentos naturais

Alcoolismo

Saiba mais sobre os melhores tratamentos naturais para curar o alcoolismo à base de chás, ervas medicinais, dietas saudáveis e terapias alternativas.

ATUALIZADO EM Atualizado em 17/11/2023

O alcoolismo é uma doença caracteriza pela condição onde o consumo de bebidas alcoólicas se encontra em um nível que interfere com a saúde física ou mental do paciente, afetando negativamente seus relacionamentos e status social. O alcoolismo está na lista de doenças desde 1967 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 10% da população sofre com o alcoolismo, sendo que 70% são homens e 30% mulheres. O número de dependentes de bebidas alcoólicas é encarado como uma questão de saúde pública preocupante, sobretudo pelo fato de que o número de jovens que sofrem com o vício do álcool tem aumentado a cada dia.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica. Um levantamento feito pela OMS, mostra que cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem por ano no mundo todo por algum problema relacionado ao consumo do álcool.

ÍNDICE

Causas do alcoolismo
Sintomas do alcoolismo
Danos causados pelo álcool
Síndrome de dependência do álcool
Danos ao cérebro e ao sistema imunológico
Alcoolismo na adolescência
Síndrome da abstinência
Efeitos negativos do alcoolismo em mulheres
Doenças causadas pelo consumo de álcool
Doenças do fígado
Tratamento natural para o alcoolismo
O que acontece ao corpo quando a pessoa para de beber?
Saiba tudo sobre o Alcoólicos Anônimos (AA)

Causas do alcoolismo

O alcoolismo é considerado como uma doença clinicamente tratável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Fatores de risco como o ambiente social, estresse, saúde mental, predisposição genética, etnia, sexo e idade podem levar ao abuso de álcool, que a longo prazo pode causar dependência física e provocar alterações fisiológicas no cérebro, que se torna incapaz de controlar a compulsividade e sofre com a síndrome de abstinência alcoólica assim que há uma interrupção do consumo de álcool.

Sintomas do alcoolismo

No estágio inicial do alcoolismo, a pessoa começa a ficar dependente do álcool para interferir em seu humor. O consumo também acontece com uma certa frequência para aliviar-se de problemas cotidianos. Nesta fase ocorre um aumento gradual da tolerância, sendo o álcool cada vez mais o responsável por alterações no humor. Com o passar do tempo, o organismo começa a perder sua capacidade de lidar com níveis elevados de álcool. Logo após essa fase, o desejo de beber torna-se gradualmente mais intenso. Beber grandes quantidades com maior frequência se torna mais comum e a tolerância ao álcool diminui na medida em que a intoxicação chega com maior facilidade. Nesta fase, os sintomas da abstinência começam a se manifestar quando a quantidade de bebida é reduzida. Na pior fase, o paciente já se tornou obcecado pela bebida alcoólica, se tornando um grande problema para os familiares e amigos.

A saúde física e mental do alcoólatra se deteriora e vários órgãos do corpo são afetados. O processo de digestão é afetado e há uma redução do número de nutrientes absorvidos pelo corpo, vez que a função hepática foi prejudicada. As células recebem menos nutrientes que o necessário e o corpo tende a apresentar uma série de deficiências de vitaminas e minerais no corpo. O alcoolismo prolongado pode ocasionar a cirrose, um dos efeitos mais graves do alcoolismo, com o aparecimento de uma cicatriz quase irreversível no fígado.

Danos causados pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas

Bebidas alcóolicas

Bebidas alcóolicas

Atualmente, as bebidas alcoólicas são as substâncias nocivas mais consumidas no Brasil, onde cerca de 60% da população ingere com frequência, de 2 a 4 vezes semanalmente. Em alguns casos, o uso diário acarreta em casos mais graves. O uso abusivo de bebidas alcoólicas pode prejudicar a capacidade física e mental do dependente. Os órgãos mais suscetíveis a sofrerem as consequências do uso de bebidas alcoólicas são o cérebro, coração, fígado e pâncreas.

A parede interna do estômago é facilmente afetada, irritada pelo álcool, favorece o surgimento de gastrites e de úlceras. No fígado, as células morrem e pode ser desenvolvida a cirrose hepática, doença em que o fígado deixa de exercer suas funções, podendo levar o indivíduo à morte. Além disso, vários tipos de câncer podem surgir, como por exemplo, câncer no estômago, no esôfago e câncer do cólon. Outra doença comum, é a pancreatite, uma inflamação no pâncreas, lesões no tecido do pâncreas podem causar complicações, como, atrofia do órgão, podendo levar a óbito.

O diabetes tipo 2 também pode ser desencadeada pelo abuso do álcool, pois ele impede os efeitos benéficos da insulina, assim os níveis de gordura no sangue aumentam. Com o aumento da quantidade de triglicérides (gordura) no sangue, as chances de adquirir doenças vasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio se torna ainda maior. Agressividade, desânimo, ansiedade, depressão e até mesmo suicídio são um dos graves e comuns malefícios que o uso de bebidas alcoólicas trazem a uma pessoa dependente.

Doenças e prejuízos relacionados ao consumo de álcool

  •  22% – Violência interpessoal
  •  22% – Câncer de esôfago
  •  23% – Câncer de laringe
  •  25% – Pancreatite
  •  30% – Cirrose hepática
  •  100% – Síndrome alcoólica fetal
  •  100% – Transtornos relacionados ao álcool

12,5% – Percentual do consumo excessivo de álcool ao menos uma vez no ano no Brasil.
7,5% – Média mundial de percentual de consumo excessivo de álcool pelo menos uma vez ao ano.
3,3 milhões – Número de mortes no mundo por ano relacionadas ao uso de álcool.

O alcoolismo está na lista de doenças desde 1967 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 10% da população sofre com o alcoolismo, sendo que 70% são homens e 30% mulheres. O número de dependentes de bebidas alcoólicas é encarado como uma questão de saúde pública preocupante, sobretudo pelo fato de que o número de jovens que sofrem com esse vício tem aumentado a cada dia.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a cada 36 horas, um jovem brasileiro morre de intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica. Um levantamento feito pela OMS, mostra que cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem por ano no mundo todo por algum problema relacionado ao consumo do álcool.

Mortes no trânsito

O álcool ainda pode ser a “porta de entrada” para o uso de outros tipos de drogas. Sob o efeito de álcool mesmo que em pequenas doses, os reflexos se tornam mais lentos, a percepção se altera e o indivíduo fica ainda mais sujeito a provocar acidentes de trânsito se estiver ao volante. De acordo com as informações da OMS (Organização Mundial de Saúde), 15% das mortes decorrentes de acidentes de trânsito foram atribuídas ao álcool. E o Brasil é o país com maior número de óbitos ligados ao consumo de bebidas alcoólicas.

Poder destrutivo

Além de todos esses problemas citados, quem já teve contato ou mesmo o convívio com uma pessoa alcoólatra sabe o poder destrutivo que o álcool traz para o usuário e para as pessoas ao seu redor. Muitas vezes os dependentes se tornam violentos, improdutivos, depressivos e acabam deixando suas obrigações, causando sofrimento para seus familiares.

Síndrome de dependência do álcool

O início do uso vem através de um termo usado na área da psicologia ligada a saúde humana chamada de síndrome da dependência. O paciente, a partir desse ponto, começa a enxergar o consumo do álcool como a sua prioridade e, desta forma, atividades simples ligadas a rotina profissionais, pessoais e familiares são prejudicadas ou ignoradas.

Já nesse estágio, a pessoa já sente sensação e reflexos físicos e psicológicos ligados a necessidade de uso constante e exagerado de álcool, tornando-se assim um vício. Nessas condições, a pessoa já é considerada alcoólatra e tanto o organismo, quanto o controle mental e psicológico já estão comprometidos, sendo necessária a intervenção por meio de algum tipo de tratamento, vez que o alcoolismo é uma doença que possui cura.

Na síndrome de dependência há um desejo intenso de beber em quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito (tolerância).

Na síndrome de dependência ocorre o uso exagerado e contínuo de álcool por um longo período. Também há um desejo intenso de beber em quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito (tolerância). O organismo da pessoa começa a demandar grandes quantidades de bebidas alcoólicas e há um nítido prejuízo nas demais atividades e comportamentos, acarretando em surtos de agressividade, queda do rendimento no ambiente de trabalho e até mesmo faltas e, principalmente, degradação do convívio social e familiar. Há também uma perda de controle sobre o tempo e até sobre a própria realidade devido à perda de controle das próprias ações, vez que o álcool age como uma substância depressora do sistema nervoso central (SNC) e afeta diversos neurotransmissores no cérebro.

Os danos e efeitos do álcool ao cérebro e ao sistema imunológico

Danos do alcoolismo para o cérebro

Danos do alcoolismo para o cérebro

Os efeitos causado pelo álcool podem aparecer logo depois do consumo de bebidas e variar de acordo com a quantidade. A princípio, bebidas alcoólicas causam euforia, excitação e desinibição. Logo depois, aparecem os sinais de intoxicação, situação onde as funções cerebrais começam a ser afetadas, provocando mudanças súbitas de humor, alteração no controle da motricidade, fala dificultada e lenta e perda de equilíbrio. Em seguida, ocorre a fase hipnótica, onde o indivíduo fica irritado, com náuseas, vômitos e dor de cabeça. O estágio seguinte, já considerado muito grave, é chamado de coma alcoólico, situação onde a pessoa fica em estado inconsciente em decorrência do álcool. Em casos extremos, de consumo excessivo, pode ocorrer choque cardiovascular, parada cardiorrespiratória, levando ao óbito.

Os efeitos podem ser leves ou mais graves e irá depender de alguns fatores, como por exemplo, quantidade de bebida ingerida, tipo de bebida, frequência e se é ingerida com o estômago vazio ou cheio. Estudos em humanos já demonstraram que a intoxicação alcoólica exerce efeitos imunomoduladores com início em algumas horas a dias após a ingestão, quando o álcool no sangue já não é mais detectável.

A intoxicação alcoólica no sistema imunológico

Com o objetivo de verificar como o uso de bebidas alcoólicas atingem o sistema imunológico, foram recrutados 15 voluntários saudáveis, sem histórico de problemas por uso de álcool, que mantiveram abstinência de álcool, cafeína e nicotina por ao menos 72 horas antes do teste. No teste foi consumido álcool em quantidade necessária para atingir concentração alveolar igual ou superior a 0,1%, com repetições dessa medição a cada 30 minutos. Foram ainda coletados amostras sanguíneas após 20 minutos, 2 e 5 horas a partir do momento em que a concentração alveolar atingiu 0,1%. Todos os participantes atingiram pico de concentração de álcool no sangue entre 20 min e 2 horas, em valor superior a 100 mg/dL (suficiente para haver embriaguez).

A partir do sangue, foram analisados células do sistema imunológico (monócitos, leucócitos e linfócitos), quantitativa e qualitativamente, e também a responsividade de citocinas (moléculas envolvidas na modulação de respostas imunológicas), isto é, se a produção de citocinas, diante de estímulos previamente estipulados, foi alterada ou não. Os resultados apontaram a ocorrência de estado pró-inflamatório precoce, aos 20 minutos, caracterizado por aumento no número de leucócitos circulantes e resposta inflamatória na produção de citocinas.

Os pesquisadores então concluíram que mesmo um único episódio de intoxicação alcoólica exerce efeitos sobre o sistema imunológico, causando alteração bifásica, isto é, inicialmente estado pró inflamatório, seguido de estado anti-inflamatório. Os impactos clínicos dessas alterações aumentam a exposição aos ativadores de inflamação do próprio organismo e aos agentes infecciosos, o que representa maior risco adicional à saúde.

Danos a longo prazo para o cérebro

O álcool pode causar danos ao organismo a longo prazo para o organismo, incluindo redução de vitamina B1, que causa a doença conhecida como Wernicke-Korsakoff, que altera sentimentos, pensamento e memória. Pode ainda desenvolver uma anemia megaloblástica, condição onde não existe quantidade suficiente de glóbulos vermelhos para transportar o oxigênio. Os glóbulos brancos também são reduzidos e causam falha no sistema imune, aumentando o risco de infecções bacterianas e virais. Muitos homens tem o desempenho sexual comprometido pelo excesso de álcool no organismo, tais como, redução do desejo sexual, infertilidade e disfunção erétil.

Alcoolismo na adolescência

Alcoolismo entre adolescentes

Alcoolismo entre adolescentes

O alcoolismo na adolescência é um fator preocupante. Segundo pesquisadores, adolescentes que começam a beber álcool antes dos 15 anos são quatro vezes mais predispostos a desenvolver o alcoolismo do que aqueles que iniciam o consumo após os 21 anos de idade. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 3 milhões de adolescentes sofram de alcoolismo. Na maioria dos casos, adolescentes começam a consumir bebidas alcoólicas para celebrar momentos ou em condições de excitação ou pressão. Outras causas podem incluir falta de apoio parental, problemas disciplinares ou sentimento de rejeição, ansiedade, depressão e influência do comportamento dos pais.

O álcool contribui de forma significativa, ao ser ingerido em excesso, em perda dos reflexos, perda da coordenação motora, dificuldade na fala, chegando até a casos de perda de consciência. Tais efeitos cessam em nosso organismo algumas horas após o término do consumo, mas poucos sabem os efeitos devastadores causados ao longo do tempo com o uso abusivo do álcool, sobretudo em adolescentes e adultos jovens. O álcool reage como uma toxina e passa a matar os neurônios, células essenciais para o bom funcionamento das atividades neurais. Mais especificamente, o álcool faz com que o cérebro se encolha, leva à demência, à dependência física e aumento de doenças neuropsiquiátricas e cognitivas. Pode ainda notar-se alguma incapacidade de recuperação de informação verbal e não verbal. O consumo excessivo de álcool fará parar a produção de novas células no cérebro.

Malefícios do alcoolismo em adolescentes

Quanto mais cedo se inicia o uso abusivo do álcool, maior será o dano adquirido ao longo do tempo. Segundo pesquisas, quando a iniciação ocorre antes dos 13 anos, a probabilidade de se tornar um dependente é de 70%. Adolescentes que bebem em excesso tem o aprendizado e a coordenação motora mais prejudicados do que adultos com o mesmo vício. A camada do cérebro lesada, o córtex cerebral, está envolvida em todos os processos de raciocínio de nível mais elevado e no processamento das emoções.

Até os 23 anos de idade nosso cérebro está em formação e o álcool é responsável por destruir essas células causando danos no desenvolvimento e maturação cerebral. É muito comum que pessoas que precocemente adquiriram o hábito de beber em excesso álcool apresente perda de memória constante e dificuldade na aprendizagem. Jovens dependentes passam a ser agressivos frequentemente, não conservam laços amorosos e podem apresentar problemas sérios de conduta. Além disso, o álcool é a porta de entrada para o uso de novas drogas.

Síndrome da abstinência

A dependência física do álcool é demonstrada pela síndrome da abstinência quando o consumo é interrompido. No Sistema Nervoso Autônomo seus sintomas apresentam-se por meio de taquicardia, hipertensão, sudorese, febre, tremores. Também ocorre diversas alterações comportamentais, incluindo ansiedade, depressão, irritabilidade, dentre outros sintomas. Já as funções manifestam-se sob forma de distração, falta de concentração, memória, desorientação têmporo-espacial, turvação sensória e curso flutuante. A regeneração cerebral em adultos pós abstinência é mais fácil do que em adolescentes, visto que ocorre uma gênese parcial das células do cérebro que pode contribuir no retorno das funções cerebrais.

Alterações nas funções cerebrais devido ao alcoolismo

Um estudo investigou os efeitos do álcool no cérebro de ratos com o objetivo de identificar possíveis alterações estruturais e funcionais na fase adulta. As regiões cerebrais analisadas estavam associadas ao aprendizado e a memória. E os resultados mostraram que houve danos na função de memória na vida adulta quando ocorre exposição precoce ao álcool. Os ratos expostos ao consumo de álcool apresentaram maior disfunções cerebrais quando comparados com os que não consumiram. Isso significa que uma adolescência com exposição intermitente de álcool causa anormalidades estruturais e funcionais do hipocampo.

O estudo ainda revelou que pequenas quantidades do álcool já alteram o funcionamento neurológico do sistema nervoso central, mas o que acontece com o dependente é que ao fazer o uso constante ele acaba por dessensibilizar seus receptores. Para comprovar as alterações nas funções cerebrais é necessário uma avaliação neuropsicológica com o objetivo de estabelecer relação entre o uso do álcool e os prejuízos cognitivos permanentes com potencialidade para produzir alterações comportamentais, emocionais e de personalidade.

Os efeitos negativos do alcoolismo em mulheres

Alcoolismo entre mulheres

Alcoolismo entre mulheres

As mulheres podem sofrer consequências mais graves do alcoolismo, visto que são muito mais vulneráveis aos efeitos dessa substância. Pessoas do sexo feminino absorvem o álcool 30% mais rápido do que os homens por possuírem menos enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool. Por terem menos quantidade de água no organismo o álcool fica mais concentrado no sangue tendo assim os seus efeitos prolongados e agravados. Mesmo o consumo em níveis mais baixos, as consequências negativas podem aparecer com mais frequência do que nos homens. E são essas razões, que fazem com que as mulheres ficam embriagadas até mesmo com doses mais baixas e possivelmente se tornem mais propícias a se tornarem possíveis dependentes da droga.

  • A influência negativa do álcool no funcionamento dos hormônios femininos pode desencadear até mesmo uma depressão profunda.
  • Mulheres que ingerirem a mesma quantidade de bebida que a de um homem, ainda corre o risco de ter cirrose três vezes maior.
  • O álcool inibe o desenvolvimento ósseo e pode causar a osteoporose, nas mulheres que bebem de dois a seis drinques por dia o risco de uma possível fratura do fêmur é maior.
  • Dentre os aspectos físicos prejudiciais e desagradáveis, estão o aumento da gordura corporal, principalmente na região abdominal, flacidez da pele e envelhecimento precoce das células.
  • doenças cardíacas, hepáticas, inflamação no fígado e osteoporose são mais comuns em mulheres do que em homens que bebem.

As bebidas alcoólicas podem diminuir a fertilidade e até causar câncer de mama

Dentre os danos biológicos que o consumo excessivo pode causar, os que afetam diretamente as mulheres são o câncer de mama e a e diminuição da fertilidade. Para desenvolver a probabilidade de ter o câncer de mama basta ingerir cerca de duas doses de álcool por dia. Após entrar na corrente sanguínea o álcool é transformado em acetaldeído, uma substância tóxica que danifica o DNA e que pode desenvolver possíveis células cancerosas. Estudos indicam que mesmo com o consumo moderado da substância, as chances de uma gravidez são diminuídas cerca de 66%, pois o óvulo leva muito tempo para se desenvolver. O álcool interfere muito nos hormônios femininos, pode desregular a menstruação, causar problemas de ovulação, aumentar as chances de abortos e interferir em uma gestação saudável.

O alcoolismo durante a gravidez

Um dado assustador da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (UNIAD) constatou que, dentre as mil mulheres grávidas participantes do levantamento, 1,6% apresentou diagnóstico de uso nocivo do álcool. O consumo de álcool durante a gravidez pode provocar no feto a síndrome alcoólica fetal, os sintomas desta condição retarda o crescimento, altera traços craniofaciais, má formação cardíaca, hepática, renal e ocular. O dano mais grave acontece no sistema nervoso central do feto, que pode produzir um marcante atraso mental.

Efeitos negativos do alcoolismo em atletas

Alcoolismo em atletas

Alcoolismo em atletas

Quando pensamos em vida saudável e uma rotina de exercícios físicos praticado por atletas e praticantes de esportes, não conseguimos associar a uma pessoa normal que sofre com o alcoolismo ou até mesmo que faz uso excessivo de bebidas alcoólicas. Isso ocorre porque são dois hábitos incompatíveis, vez que as bebidas alcoólicas podem gerar um aumento no peso de quem consome devido à grande quantidade de calorias e a baixa quantidade de nutrientes (proteínas, vitaminas e minerais).

A queda de desempenho dos atletas causada pelas bebidas alcoólicas

As calorias das bebidas alcoólicas são conhecidas como “calorias vazias”, cada tipo da bebida possui um valor calórico, sendo a cerveja uma das que possui maior quantidade, 1 lata de cerveja equivale a 1 barra de 30g de chocolate ou 1 unidade de pão francês. Para especialistas, esse ainda não é o maior problema quando o consumo de bebidas alcoólicas são associados com atividades físicas.

Praticantes regulares de atividades físicas que consomem álcool possuem uma notável deterioração da qualidade física e queda da performance atlética, causando diminuição da força, velocidade e da capacidade respiratória e muscular. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo abusivo de álcool é um dos mais importantes fatores de risco para a saúde no mundo, e estudos ainda mostram que o álcool continua ser a droga mais consumida entre os atletas.

Citocinas inflamatórias

O álcool possui efeito inibitório sobre o hormônio antidiurético (ADH) e também é um potente vasodilatador periférico. Outros estudos ainda revelam dados assustadores, o uso crônico de bebidas alcoólicas promove a liberação de citocinas pró-inflamatórias, causadores de estresse sobre a musculatura, podendo levar à miopatia do músculo esquelético.

Hipoglicemia

As atividades físicas por si só já promovem uma diminuição de glicose no organismo e o álcool potencializa ainda mais esta redução, pois o corpo automaticamente começa a usar a proteína como fonte de energia devido à falta de glicose no organismo. Estudos mostram que essa diminuição de glicose pelo excesso de álcool interfere no depósito de energia e no metabolismo durante o exercício, além de que possui propriedades inflamatórias, podendo dessa forma prejudicar a disponibilidade de nutrientes e diminuir a secreção de hormônio de crescimento.

Sobrecarga da função renal

Existem ainda outras consequências graves desencadeadas pela ingestão exagerada do álcool. A desidratação é uma delas, vez que o álcool sobrecarrega a função renal, fazendo com que ocorra uma perda de água e eletrólitos através do suor e da urina. Uma pessoa com sintomas de desidratação não consegue ter disposição suficiente para executar suas tarefas. Esse distúrbio de água e eletrólitos também pode promover uma arritmia cardíaca, fazendo com que o coração bata fora de compasso, podendo ainda acarretar no surgimento de problemas cardíacos.

Doenças causadas pelo alcoolismo

O abuso do álcool traz diversas complicações para a saúde, eleva o risco de desenvolver mais de 200 doenças, a maioria delas com efeitos devastadores. Para desenvolver alguma doença não é necessário ser alcoólatra, qualquer pessoa que tem o hábito de beber em média ou grande quantidade pode ter problemas de saúde, sem contar que se torna suscetível a acidentes de trânsito.

O alcoolismo é uma doença complexa, difícil de controlar, mas visto as consequências desastrosas do consumo excessivo do álcool, a prevenção é a melhor alternativa para evitar doenças graves e diminuir a mortalidade causada por essas substâncias. Saiba o que o álcool, que é a terceira maior causa de doenças no mundo todo, pode causar no seu organismo e quais são as consequências mais devastadoras do seu consumo.

Anemia

Pessoas que bebem, geralmente não sentem muita fome e não se alimentam bem, ocorre assim a carência de nutrientes importantes, como o ácido fólico por exemplo.

Câncer

O álcool aumenta o risco de câncer, podendo influenciar no aparecimento de sete tipos: câncer de boca e orofaringe (parte da garganta logo atrás da boca), de faringe, de laringe, de esôfago, de fígado, colorretal e câncer de mama. O álcool provoca danos em tecidos do corpo, reduz os níveis do ácido fólico e outros nutrientes, facilitando o surgimento de câncer. Mais comum em pessoas consideradas alcoólatras, porém, pessoas que tem predisposição genética devem ter cuidado até em dosagens consideradas moderadas.

Demência

A demência é comum aparecer em indivíduos que bebem com frequência e em casos mais graves como nos alcoólatras. A doença se caracteriza pela perda de memória, dificuldade de fala e locomoção, além de poder causar até mesmo dependência para realizar tarefas comuns do dia-a-dia, como por exemplo, se alimentar. Neste quadro clínico é necessário um acompanhamento psiquiátrico.

Disfunção erétil e infertilidade

O álcool reduz o desejo sexual em homens e mulheres. Nos homens o álcool provoca a ejaculação precoce e impotência sexual, vez que o sistema nervoso é afetado. Nos homens há uma redução nos níveis de testosterona e a qualidade e quantidade de espermatozoides. Já nas mulheres, o álcool provoca um período menstrual irregular e ainda pode suspender a ovulação ou a qualidade dos óvulos, causando infertilidade.

Pelagra

Essa doença é causada pela carência de vitamina B3 (niacina) e possui como sintoma o aparecimento de manchas na pele em diferentes regiões, como face e mãos, além de provocar coceira e diarreia constante.

Polineuropatia alcoólica

A polineuropatia é observada em adultos, principalmente após os 40 anos de idade. Os sintomas são enfraquecimento geral, hipoglicemia e a carência da tiamina. A falta dessa substância causa lesões cerebrais. A degeneração provoca dor na panturrilha, sensação de queimação nas plantas dos pés e formigamento nas mãos e pés. Em casos mais graves, a pessoa pode ter dificuldade para andar.

Problemas cardiovasculares

Doenças cardiovasculares como miocardiopatia, hipertensão, arritmia, derrame cerebrovascular, doenças coronarianas, falência cardíaca sofrem grande influência do álcool no seu desenvolvimento. Doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes em um ano em todo o país.

Doenças do fígado

Doenças do fígado

Doenças do fígado

Hepatite alcoólica

É uma doença inflamatória e degenerativa do fígado. Os principais sintomas são fortes dores abdominais, náuseas, vômitos e perda de apetite. A hepatite alcoólica tem cura se não estiver em estado avançado e, caso não haja tratamento adequado, a taxa de sobrevivência não costuma passar de cerca de 6 meses após o surgimento dos primeiros sintomas.

Cirrose hepática

Considerada uma doença terminal do fígado, a cirrose hepática ocorre com mais frequência em pessoas com um quadro mais acentuado de alcoolismo. Essa doença é consequência de um processo de destruição das células, forma cicatrizes e nódulos levando a necrose do órgão. A cirrose hepática não apresenta muitos sinais, fazendo com que o indivíduo não perceba os danos, contudo, se agrava de forma mais silenciosa e reduz o número de células hepáticas em funcionamento, causando a falência do fígado, um órgão vital para a sobrevivência. As lesões causadas no fígado são irreversíveis, não há uma cura específica para a cirrose hepática. No entanto, é possível tornar mais lenta a progressão da doença. Para o tratamento definitivo da cirrose hepática é necessário realizar o transplante de fígado.

Pancreatite

Ocorre a inflamação da glândula do pâncreas, as funções como produção da insulina e produção do suco pancreático ficam comprometidas facilitando o surgimento de diabetes. O principal sintoma dessa doença é dor na região abdominal.

Açúcar e álcool

Um estudo feito pela Universidade da Carolina do Norte (UNC), em Chapel Hill, mostra que o desejo em consumir cada vez mais bebidas alcoólicas pode estar associado ao fato de que o corpo interpreta o álcool como se fosse açúcar, por conta da grande quantidade de calorias presente nessas bebidas. Ao ingerir álcool, o pâncreas produz mais insulina para quebrar o açúcar no sangue, isso faz com que o nível de glicose diminua e leve a pessoa a ter uma possível crise de hipoglicemia. O mesmo estudo ainda mostrou que por conta desse fator, a compulsividade que algumas pessoas têm em comer doces pode estar associado a uma tendência ao alcoolismo.

Alimentos com grande quantidade de açúcar produzem dopamina.

Alimentos com elevada quantidade de açúcar estimulam a produção de um hormônio chamado dopamina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar. E é por isso que muitos encontram na bebida alcoólica um “refúgio” para o estresse e a depressão, mas acabam prejudicando a memória, o rendimento nas atividades do dia-a-dia e até mesmo levando ao um quadro de alcoolismo sem muitas vezes perceber. Esses impulsos podem ser controlados com uma boa alimentação, existem alimentos capazes de reduzir o desejo de beber mais e a proteger os órgãos que são mais afetados pelo excesso de álcool. Indivíduos que já apresentam um quadro de alcoolismo devem evitar principalmente o consumo de açúcar, afim de diminuir a necessidade de voltar a beber, caso contrário as quedas e elevações do nível de açúcar no sangue provocada pela insulina contribuirá para a busca do vício.

Tratamento natural para o alcoolismo

Alguns hábitos simples que podem ser facilmente incorporados no dia a dia podem ajudar a melhorar a condição do paciente, dependendo do nível de alcoolismo. O consumo diário de frutas pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do alcoolismo. Sucos de frutas cítricas são bons para aliviar os efeitos da ressaca. Maçãs e bananas podem ajudar a eliminar toxinas do sangue. O consumo regular da fruta ou suco de uva pode, em algumas pessoas, diminuir a vontade de beber álcool. A prática de esportes também pode ajudar a melhorar as condições emocionais dos pacientes e diminuir a vontade de consumir álcool. Apoio de amigos e familiares, bem como a participação em reuniões de Alcoólicos Anônimos (AA) e em casos extremos a internação em clínicas para dependentes do álcool, também integram um passo importante para a cura do vício do alcoolismo.

Alimentos ricos em antioxidantes reduzem a vontade de beber álcool

Alimentos Antioxidantes

Alimentos Antioxidantes

Alimentos ideais para incluir no dia a dia são aqueles que contém antioxidantes, como as frutas e verduras. Ao consumir álcool, os índices de vitamina A e vitamina B são reduzidos, aumentando assim a ansiedade e prejudicando as funções do sistema imunológico. Para recuperar a perda desses nutrientes é importante aumentar o consumo de alimentos como cenoura, folhas verdes de cores escuras, melão, peixes, ovos, feijões, sementes, pimentões, batata doce, brócolis e cereais integrais que são ricos em vitamina A e B e permitem a sensação de saciedade por mais tempo.

As frutas em especifico são ricas em antioxidantes e auxiliam a diminuir a vontade de ingerir bebidas alcoólicas. O melão, abacaxi, maçã, morango, pera e maracujá são alguns exemplos. A uva já possui o álcool natural da fruta, o suco integral de uva ou a própria fruta são ótimas opções para aqueles que sentem muita vontade de beber. A hidratação também deve aumentar, pois o álcool provoca uma desidratação e ocorre assim uma grande perda de sais minerais. Beber água e frutas são essenciais no processo de desintoxicação.

Seguindo uma alimentação saudável, controlada, sem excesso de açúcar, gorduras e cafeína e rica em nutrientes, antioxidantes e vitaminas as chances da procura pelo álcool irá diminuir e além disso a saúde de vários órgãos do corpo, principalmente o fígado que é o mais prejudicado com o consumo excessivo estarão protegidos e saudáveis.

Chás e ervas medicinais hepatoprotetoras ajudam a tratar o alcoolismo

Algumas ervas medicinais são utilizadas popularmente na medicina alternativa para o tratamento do alcoolismo, vez que fármacos tradicionais podem causar fortes efeitos colaterais sobre o fígado dos pacientes alcoólatras, já sobrecarregado pelo problema do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Algumas ervas que são utilizadas a séculos tem o poder de diminuir os sintomas da abstinência de álcool, incluindo o cardo-mariano (cardo-leiteiro), dente-de-leão, kava kava e kudzu. O cardo-mariano e o dente-de-leão são duas ervas que limpam, desintoxicam e promovem o bom funcionamento do fígado, além de reduzir o consumo do álcool. O kudzu melhora o fluxo sanguíneo no organismo e promove a sensação de bem-estar. O hipérico aumenta a produção de serotonina, dopamina e noradrenalina no organismo, o que diminui os sintomas da depressão, comum em viciados em álcool. Para potencializar ainda mais os benefícios dessas ervas, combine-as com chás de capim-limão, melissa (erva-cidreira) e camomila, que possuem propriedades calmantes que diminuem a ansiedade.

Cardo-mariano

Cardo-mariano - Silybum marianum

Cardo-mariano – Silybum marianum

O cardo-mariano (Silybum marianum), também conhecido como cardo-leiteiro, é uma erva muito conhecida para proteger o fígado. A silimarina presente nas sementes fortalece o fígado e ajuda o mesmo a eliminar toxinas. Embora a investigação preliminar indique que o cardo-de-leite possa oferecer algum benefício para aqueles que procuram tratar doenças hepáticas associadas ao álcool, mais estudos são necessários para tirar conclusões definitivas sobre a eficácia da erva em melhorar a saúde do fígado.

Kudzu

Kudzu - Pueraria lobata

Kudzu – Pueraria lobata

Várias pesquisas sugerem que o kudzu (Pueraria lobata), erva nativa do Japão e China e muito pouco conhecida no Brasil, pode ajudar a diminuir o desejo por bebidas alcoólicas e funciona como um tônico para o fígado, aumentando sua capacidade de combater as toxinas. Na Ásia, o kudzu é usado tradicionalmente como um remédio para o alcoolismo.

Terapias alternativas

Acupuntura

Acupuntura

A acupuntura é frequentemente recomendada para ajudar a reduzir os desejos de álcool, aliviar sintomas de abstinência, além de reduzir a ansiedade e depressão, condições frequentemente experimentadas por alcoólatras. Um estudo realizado em 2002 com 34 alcoólatras apontou que em duas semanas de tratamentos para acupuntura (combinado com a carbamazepina, um fármaco utilizado na gestão de abstinência alcoólica) ajudou a diminuir os sintomas de abstinência dos participantes. No entanto, uma revisão sistemática publicada em 2009 concluiu que não há provas suficientes para apoiar a eficácia da acupuntura no tratamento do alcoolismo.

O que acontece depois que você para de beber álcool?

Alcoolismo: o que acontece depois de parar de beber álcool

Alcoolismo: o que acontece depois de parar de beber álcool

O guia abaixo revela o que acontece com seu corpo quando você para de beber e como o organismo consegue reparar os danos causados pelo consumido em excesso de bebidas alcóolicas. De pele impecável até novos níveis de energia, o organismo passa por enormes transformações. Após 12 semanas, você vai dormir melhor, parecer mais jovem e ter muito mais disposição.

Nas primeiras 24 horas que você para de beber

O efeito mais imediato do consumo em excesso de bebidas alcoólicas é a ressaca, que por sua vez, pode causar suores ou tremores e, em casos muito graves, convulsões. No caso de haver consumo moderado, o organismo vai começar a limpar o álcool do seu sistema e começar a ‘desintoxicação’, ou seja, a taxa de glicose no sangue irá se normalizar e ocorrerá uma melhora na disposição.

Dentro de uma semana

As bebidas alcoólicas atrapalham muito a qualidade do sono, levando muitas vezes a uma noite intermitente. O álcool age como um diurético, o que significa que ele estimula o corpo a perder líquido extra através da urina e suor e, assim, deixando a pessoa desidratada e forçando-a a acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro ou consumir líquidos. O consumo em excesso de bebidas alcoólicas expande as células do sangue e deixam a pessoa mais cansada, vez que tais células são incapazes de transportar oxigênio de forma eficiente por todo o corpo.

Após duas semanas

O álcool é um irritante para o estômago e provoca sintomas como refluxo (quando o ácido estomacal queima o esôfago e a garganta). Após duas semanas (ou uma quinzena) dias também é comum notar uma ligeira perda de peso, vez que as calorias presentes em bebidas alcoólicas são significativas. Uma taça grande de vinho (250 ml) pode adicionar cerca de 228 calorias para a sua refeição.

Algumas pessoas dependentes do álcool que passam por esse processo de desintoxicação podem sofrer alguns efeitos psicológicos mais pronunciados, incluindo queda dos níveis de energia, sentimentos de raiva e agressão, ansiedade geral e depressão, dificuldade para dormir ou pesadelos e até diminuição da libido. Nessa fase também algumas pessoas podem sentir desejo de consumir bebidas alcoólicas, vez que leva algum tempo para a química do cérebro se reequilibrar. Esses sintomas podem durar apenas algumas semanas ou podem perdurar até alguns meses em casos mais graves. Tudo depende do grau de vício de cada pessoa.

Dentro de um mês

Após um mês sem beber, a vitalidade e a elasticidade da pele irão melhorar consideravelmente, vez que o álcool é tóxico para o nosso maior órgão – a epiderme. As toxinas deixam a pele menos elástica e aceleram o processo de envelhecimento. Além disso, há uma grande melhora na pressão arterial.
Dentro de 4-8 semanas.

O funcionamento do fígado irá melhorar consideravelmente, vez que não precisará trabalhar redobrado para sintetizar o álcool. Beber em excesso causa pequenas inflamações conhecidas como “hepatite alcoólica”, uma doença silenciosa. Nos estágios iniciais, ela não é tão sentida pelo organismo, mas pode evoluir e se tornar uma cirrose, uma doença grave e permanente.

Mulheres que ingerem cerca de 2 a 3 copos de bebidas alcoólicas diariamente por algumas semanas pode desenvolver a condição de “fígado gordo”, quando o fígado transforma a glicose em gordura. O álcool afeta a forma como o fígado processa a gordura. Ao cessar o consumo de álcool o fígado irá liberar o excesso e gordura e, caso a função hepática não tenha sido muito afetada, o órgão pode se recuperar dentre de 4 a 8 semanas.

Depois de 3 meses o corpo se transforma depois que você para de beber

Por volta de 12 semanas após a ingestão de bebidas alcoólicas, as células sanguíneas irão se renovar e a pessoa começa a notar mais energia durante o dia e uma melhora substancial no bem-estar geral.

[BÔNUS] Você sabe como surgiu o Alcoólicos Anônimos (AA)?

Alcoólicos Anônimos (AA)

O Alcoólicos Anônimos surgiu em junho de 1935, na cidade de Akron, Ohio, após uma conversa entre Bill W, um corretor da Bolsa de Valores de Nova Iorque e um médico de Akron chamado Dr. Bob S, ambos eram graves dependentes alcoólicos. Bill W já estava sem beber há 5 meses e teria ido a cidade a trabalho, contudo, não obteve sucesso em seus negócios. Por esse motivo o corretor pensou que poderia ser esse um motivo para ter uma recaída e voltar a beber.

Bill W já havia trabalhado junto a vários alcoólicos durante o seu processo de recuperação e pensando em tudo que já havia compreendido, tinha a teoria de que somente um alcoólico poderia ajudar outro alcoólico, através de conversas. Foi assim que ele decidiu procurar o Dr. Bob S com o intuito de se salvar, levando sua mensagem a outro alcoólatra. Bill, que já havia feito vários tratamentos em clínicas de recuperação, chegou à conclusão de que o alcoolismo era uma doença da mente, das emoções e do corpo. Bob, convencido de suas ideias, logo conseguiu parar de beber definitivamente. No dia 10 de Junho de 1935 é celebrado o dia do aniversário dos AA.

O início do Alcoólicos Anônimos (AA)

Assim, os dois decidiram começar a trabalhar com outros dependentes, viajando pelo mundo e levando suas mensagens e suas experiências, conseguindo que outros pacientes internados chegassem a sobriedade. Em 1939, Bill lançou um livro intitulado “Alcoólicos Anônimos”, onde contava a filosofia e os métodos que utilizava, dentre eles o programa de Doze Passos, basicamente um conjunto de orientações para os que decidiram parar de beber. A partir disso, várias pessoas começaram a procurar ajuda nesses pequenos grupos que já existiam e assim que alcançassem a sobriedade após algumas semanas, cada membro era encarregado de trabalhar com novos casos. Inicialmente foram mais de quatro anos para conseguir 100 alcoólicos sóbrios. Em 1950, havia no mundo inteiro cerca de 100 mil alcoólicos em recuperação.

Como funciona o AA?

Dessa forma, os grupos foram se difundindo cada vez mais até se tornarem Alcoólicos Anônimos (AA), uma instituição ou irmandade nacional mundialmente conhecida, sem distinção de raça, credo e de idioma, composto de homens e mulheres de todos os níveis sociais, desde adolescentes até pessoas com idade avançada. Atualmente, o AA conta com mais de 110 mil grupos, em aproximadamente 170 países. O Alcoólicos Anônimos não fornece nenhum tipo de tratamento clínico ou psiquiátrico, vez que funciona basicamente pela troca de experiências entre os seus membros. São feitas reuniões informais onde o indivíduo compartilha as suas experiências com o álcool com o intuito de fazer com que os membros do grupo se ajudem mutuamente a permanecerem sóbrios.

São reuniões frequentes que fazem com que o alcoólatra seja constantemente lembrado dos malefícios que o álcool traz em sua vida e também sempre é enfatizado a importância e esperança da sua recuperação total. Em 2020, o Alcoólicos Anônimos (AA) completa 85 anos de existência, cumprindo o seu propósito primordial, que é o de “transmitir sua mensagem ao alcoólatra que ainda sofre”.

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Taxa de mortalidade por álcool no Brasil é uma das maiores do continente. Veja.
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O início de A.A. no mundo. AABR.
História de A.A. no Brasil – Introdução. Seu nascimento e desenvolvimento no Brasil
Historia dos 12 Passos / Alcoolicos Anónimos. Recuperar das Dependências (Adicção).
Alcoólicos Anônimos. Comitê da Área do Rio Grande do Sul